
A Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) iniciou na manhã de terça-feira (12) uma audiência com o secretário estadual de Segurança Pública (Seseg), o delegado federal Victor Cesar Carvalho dos Santos.
Santos reconheceu que há defasagem nos quadros das polícias Civil e Militar e afirmou que o estado, atualmente, precisa de mais 20 mil PMs e 5 mil policiais civis. Os parlamentares lembraram que se, por acaso, existisse um concurso para as polícias neste ano, os novos agentes só iriam para as ruas no final de 2025.
Hoje, são 43 mil PMs e 8 mil policiais civis na ativa. Santos reconheceu que há escassez de recursos material e pessoal.
“Temos problemas em relação a concursos, que demoram, exigem dinheiro. Isso é a médio e longo prazo. Estamos readequando o efetivo e isso é o nosso grande desafio. Não podemos tratar a Segurança Pública como casuísmo. Mas, temos que entender que quando você mobiliza recursos humanos, ele vai faltar em determinado lugar”, disse.
E completou:
“Aumenta o recurso, o criminoso sai. Desmobiliza e ele volta. O nosso grande desafio é enfrentar o problema de estrutura física. Temos que ter ações perenes. Por isso, importante todos estarem na mesma pasta.”
Ele defendeu que uma integração entre as polícias. “Muitos atores [das polícias] não se falam. É preciso parar o amadorismo e não levar para o pessoal. É preciso criar uma relação interpessoal.”
No encontro, os deputados estaduais debatem o plano de ações visando a reduzir a criminalidade durante o verão. A reunião foi marcada em resposta aos recentes incidentes em Copacabana — como a agressão a um empresário durante um arrastão.
Para o secretário, é preciso atacar a estrutura financeira das organizações criminosas.
“O armamento bélico no RJ é uma realidade e temos responsabilidades. Sempre dizemos que só se combate quando ataca a estrutura financeira do crime e isso faz com que ele perca a capacidade de compra, corrupção. Você busca o dinheiro, e depois o criminoso.”
*Com informações do G1