
Novos detalhes sobre uma operação da Polícia Civil nesta quinta-feira (18/01) em Rio Bonito, na Região Metropolitana, mostram que milicianos podem ter usado uma criação de porcos para ocultar corpos de vítimas do grupo criminoso.
De acordo com a investigação da 119ªDP (Rio Bonito), além do farto armamento apreendido em um sítio na zona rural, o que chamou a atenção dos agentes foi a criação de porcos que havia no local. Apesar de apresentarem peso visível para abate, os animais eram mantidos no sítio. A polícia acredita que os porcos comeram cadáveres de vítimas dos milicianos.
O grupo é investigado pela morte e ocultação de duas pessoas.
A operação foi realizada pela delegacia de Rio Bonito com apoio do Departamento Geral de Polícia do Interior (DGP), de equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE) e do Canil do Grupamento de Bombeiro Militar de Magé.
Durante a ação, dois suspeitos de integrar a milícia foram presos. Eles estavam com armas, granadas e roupas camufladas. A Polícia Civil também apreendeu um arsenal, incluindo uma metralhadora.
O dono do sítio foi identificado como José Jailson Almeida de Souza, conhecido como Jajá. O homem é apontado como um miliciano de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Contra ele já há um mandado de prisão pendente.
A operação foi nomeada de “Nella Tana”, que significa “Dentro da Toca”, em italiano, já que o sítio em ficava em Rio Seco, na zona rural.