
A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, na quinta-feira (4), em primeira discussão, um Projeto de Lei (5.189/25) que obriga os organizadores de partidas de futebol realizadas em estádios com capacidade igual ou superior a 35 mil espectadores a destinarem no mínimo 18% do total de ingressos à população de baixa renda com descontos. O texto, de autoria do deputado Alexandre Knoploch (PL), ainda precisa passar por uma segunda votação na casa, ainda sem previsão.
De acordo com o projeto, o valor do Ingresso Social não poderá ultrapassar 1,5% do salário mínimo nacional vigente, que atualmente é de R$ 1.518. Dessa forma, se entrar em vigor ainda este ano, a entrada popular pode custar até R$ 22,77.
O projeto também estabelece que a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) só poderá receber até 1% da arrecadação bruta obtida com a venda de ingressos da partida.
Em caso de descumprimento, os organizadores estarão sujeitos à multa equivalente a 20% da arrecadação, além do impedimento de utilização do estádio por até seis meses em caso de reincidência.
Segundo o autor, a medida busca resgatar o caráter democrático do futebol fluminense.
“Queremos garantir que o povo, que sempre foi a alma dos estádios, volte a ter acesso a preços populares. O Ingresso Social é uma forma de retomar a essência da ‘Geral do Maracanã’, espaço que marcou a memória de gerações e fazia do futebol um verdadeiro espetáculo do povo”, destacou.
*Com informações do Extra