Trabalhadores das plataformas P-43, P-53, na UMMA e UMLI da empresa Gran Services, com sede na Ajuda de Baixo, em Macaé, iniciaram uma greve na última terça-feira (16), reivindicando seus direitos, em busca de melhores condições de trabalho. O Manchete RJ teve acesso às reclamações feitas pelos funcionários que alegam diversas irregularidades. Entre elas estão:
- Alterações unilaterais nas regras sobre os benefícios de planos de saúde e plano odontológico;
- aplicação de faltas e descontos salariais aos empregados que apresentaram atestado médico;
- ausência de pagamento dos adicionais devidos aos empregados que realizaram dobra de escala;
- ausência de política de participação nos lucros e resultados, dentre outros.
Os trabalhadores da empresa cujo principal foco é de Obras de montagem industrial, dizem que a notificação de greve foi feita à corporação com 48 horas de antecedência, conforme pede a lei. Todavia, o Manchete RJ teve acesso a um comunicado da Gran Services que diz que a greve é ilegal, informando também que fez uma reunião com um “grupo de empregados”, que resultou no avanço da maioria dos temas. Mas, essa afirmação não foi vista dessa maneira pela maioria dos funcionários da empresa.
“A empresa fala que houve um acordo após nossas reivindicações. Mas na verdade foram três funcionários, que não representam o sindicato, não representam nada da gente. Querem fazer um acordo com eles como se fosse um acordo coletivo. Não acordamos nada com esses funcionários, para que eles sejam representantes”, disse um funcionário que preferiu não se identificar.
Ameaças por parte da empresa
Após não aceitar a paralisação, os trabalhadores alegam que estão sendo ameaçados pela empresa. Por exemplo, os funcionários que aderiram à greve enquanto estavam embarcados, dizem que a corporação dizia que iria desembarcá-los com a cobrança do pagamento do voo. Além disso, ameaças como a aplicação de faltas e advertência também estão sendo feitas.
Reivindicações
Os trabalhadores reivindicam um reajuste salarial de 7%, um aumento de 10% no Vale Alimentação e a extensão do Plano de Saúde para a família.
Estamos reivindicando igualar o salário do mercado. Porque um dos salários mais defasados é o da nossa empresa. Também tem um plano de saúde para família toda que a Petrobras já anunciou que era para ter e a empresa não liberaram ainda. Ainda estão falando que nossa greve é ilegal, sendo que a gente tem documento para provar a legalidade dela.”
disse um funcionário da empresa.
Sindipetro-NF presta apoio
O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense manifestou solidariedade à luta dos trabalhadores da Gran Services. o Sindipetro-NF ressaltou a importância da unidade da classe trabalhadora para garantir melhores condições de trabalho e benefícios justos para todos os profissionais envolvidos. Os funcionários alegam, em contato com o próprio sindicato, foram informados que greve só seria ilegal se a empresa apresentasse um documento a justiça e um juiz decretasse inviabilidade, o que não foi feito.