
Um grupo de mães com filhos matriculados em uma escola particular, em Campos, entrou em contato com a reportagem do Manchete RJ para denunciar supostos maus-tratos cometidos por uma professora da unidade contra uma criança de 1 ano de idade. Segundo as mães, a criança estaria sendo maltratada e isolada dos demais alunos. Um boletim de ocorrência foi registrado na 146ª Delegacia de Polícia, no subdistrito de Guarus, na segunda-feira (19).
De acordo com informações apuradas pelo Manchete RJ, o caso veio à tona após uma das mães flagrar um aluno de 1 ano e 9 meses dentro de um “chiqueirinho” em uma sala de aula. Ao questionar a professora sobre o motivo, ela teria respondido que o aluno era “muito levado”. Outras mães relataram ter presenciado a mesma cena em momentos diferentes. Elas também alegam que o local onde a criança era colocada estava sujo. A escola é acusada de dificultar o acesso às imagens das câmeras de segurança.
“É um chiqueiro sujo, cheio de bactérias. Meu filho tem problema alérgico e não pode ficar lá. Isso aconteceu mais de uma vez, e pessoas diferentes presenciaram. Soube disso por meio de uma mãe que viu a cena. Depois que fui averiguar pessoalmente, vi que era verdade. Eles puxam a criança pelo braço e jogam nesse chiqueirinho, sem amor nem carinho. A escola também dificultou muito o acesso às filmagens. Conseguimos algumas imagens filmando escondido e após muita reclamação”, disse a mãe da criança envolvida.
As mães também afirmam que a criança vinha sendo isolada dos outros alunos durante as aulas. Elas enviaram vídeos à reportagem que mostram o aluno sendo colocado em um berço móvel. Em outro episódio, uma mãe alega que viu a mesma professora puxar uma criança pelo braço de forma agressiva.
O caso foi registrado na delegacia. Aos policiais, um funcionário da escola afirmou que esteve na sala e não observou sinais de maus-tratos. Ele alegou ainda que a criança estava no berço móvel por ser a menor da turma em estatura, e que a prática seria comum durante a organização da sala pelos professores.
A reportagem do Manchete RJ procurou a escola para um posicionamento, mas até o fechamento desta matéria, não obteve resposta.