O Disque Denúncia divulgou um cartaz para ajudar no inquérito policial instaurado pela 105ª DP (Petrópolis), a fim de obter informações sobre o paradeiro da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy, de 54 anos, que está desaparecida há cerca de três meses.
A mulher foi vista pela última vez antes de desaparecer, no estacionamento de um shopping em Petrópolis (RJ), caminhando em direção a um veículo Jeep Compass de cor preta, placa ignorada. A família de Anic pagou o resgate de R$ 4,6 milhões, mas ela ainda não foi localizada.
Até o momento o Disque Denúncia só registrou duas ligações relatando sobre o desaparecimento da advogada. Quem tiver informações sobre a localização de Anic de Almeida e que também possam ajudar no esclarecimento do caso, pode denunciar de forma anônima à plataforma.
Canais para denúncia:
Central de atendimento: (021) – 2253 1177 ou 0300-253-1177 // WhatsApp Anonimizado: (021) – 2253-1177 (técnica de processamento de dados que remove ou modifica informações que possam identificar uma pessoa) // Aplicativo: Disque Denúncia RJ // Whatsapp Desaparecidos – (21) 98849-6254.
MP denuncia quatro pessoas pelo desaparecimento da advogada
Na última semana, o Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou quatro pessoas pelo desaparecimento da advogada. A pedido do MP, o Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Petrópolis decretou as prisões preventivas dos acusados. Os denunciados estão presos.
A vítima desapareceu em 29 de fevereiro deste ano, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio. De acordo com as investigações, o mentor do crime é Lourival Correa Netto, que era funcionário da família das vítimas há aproximadamente três anos. Segundo o MP, aproveitando-se da confiança nele depositada pela família e do conhecimento sobre a sua rotina, Lourival arquitetou o plano criminoso e contou com o auxílio dos filhos e de uma mulher, com quem mantinha relacionamento amoroso, para sua execução.
De acordo com apurado, ele apresentou-se à família como policial federal, sem ser, no entanto, conquistando, de imediato, a sua confiança e, assim, passou a realizar a segurança pessoal dos seus integrantes, além de ter acesso irrestrito a cartões de crédito e às respectivas senhas.
A denúncia do MPRJ também destaca que o marido da vítima, sem conhecimento da verdadeira identidade dos sequestradores, pagou o resgate de aproximadamente R$ 4,6 milhões para libertá-la, o que, no entanto, não ocorreu até o oferecimento da denúncia.
Segundo as diligências investigatórias realizadas pelo MPRJ e pela Polícia Civil, o homem, idealizador do sequestro, e os demais acusados, foram os reais beneficiários do valor pago a título de resgate.
No dia do pagamento do resgate, o grupo criminoso adquiriu um veículo de luxo, avaliado em RS 500 mil, pagos em espécie. Além do veículo, uma motocicleta e 950 celulares foram adquiridos pelos acusados com o dinheiro obtido ilicitamente.
A inicial da ação penal também destaca que o marido da mulher desaparecida realizou mais de quarenta transferências bancárias por orientação do funcionário e em contas por ele indicadas para aquisição de dólares, também para pagamento do resgate.
A linha de investigação da Promotoria de Justiça e da 105ª Delegacia de Polícia aponta para suspeitas de que a vítima sequestrada foi assassinada pelo grupo e teve seu cadáver ocultado, motivo pelo qual as investigações prosseguirão. Também há indícios da prática dos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que serão devidamente apurados.