O Hemocentro Regional de Campos (HRC) está enfrentando uma grave crise em seu estoque de sangue. Os tipos sanguíneos B+ (B positivo), B- (B negativo), AB e A- (A negativo) estão zerados, enquanto o número de doadores está muito abaixo do necessário para garantir a continuidade dos atendimentos médicos na região. Nessa terça-feira (21), apenas 18 bolsas de sangue foram registradas, quando o ideal seria 70 bolsas por dia para manter o estoque abastecido.
O HRC é responsável por atender à demanda de 25 unidades hospitalares e também desempenha um papel essencial no suporte ao Hospital Ferreira Machado (HFM), o maior hospital de urgência e emergência da região Norte Fluminense. Em 2024, o HFM registrou 5.942 atendimentos a vítimas de acidentes de trânsito, com outubro sendo o mês mais crítico, contabilizando 612 casos. Sem um estoque adequado de sangue, a continuidade desses atendimentos fica comprometida.
A assistente social do Hemocentro, Cristiane Barros, reforçou o apelo à população. “Estamos vivendo um momento muito delicado. O sangue salva vidas, e cada doação pode beneficiar até quatro pessoas. Precisamos da ajuda da população para reverter essa situação e garantir que possamos atender quem mais precisa. Contamos com a solidariedade de todos”, comentou.
Como doar sangue?
Para ser um doador, é preciso estar saudável, pesar mais de 50 quilos, ter entre 16 e 60 anos (ou até 65 anos, se já tiver doado antes dos 60) e apresentar um documento original com foto. Menores de 18 anos devem estar acompanhados por um responsável. Também é necessário evitar atividades físicas intensas nas cinco horas anteriores à doação, não ter feito tatuagem nos últimos 12 meses e estar bem descansado.
As doações podem ser realizadas de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h, e também nos finais de semana e feriados, no Hemocentro, que funciona anexo ao Hospital Ferreira Machado, na Rua Rocha Leão, no Caju, com entrada pelo estacionamento do HFM.
