
O boletim mais recente da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) revela uma preocupante aceleração nos casos de dengue no Rio de Janeiro. Em apenas 16 dias, foram notificados 4.446 casos, representando 8,5% do total registrado no ano passado. Esta rápida escalada preocupa as autoridades de saúde, que agora coordenam a instalação de tendas de hidratação em resposta ao possível avanço contínuo da doença.
O Panorama da Dengue destaca que o estado está experimentando uma tendência de alta, com números superiores à média histórica para este período do ano. Exceto pela Região Metropolitana II, que inclui Niterói e São Gonçalo, todas as outras oito regiões do estado apresentam casos prováveis acima do esperado para esta época.
Dados do Monitora RJ indicam que a SES-RJ recebeu 4.446 notificações de 1º a 16 de janeiro, quase alcançando o mesmo número de casos das primeiras 8 semanas de 2023. Uma média de 277 casos por dia. A secretaria trabalha com a hipótese de um número ainda maior de casos devido ao atraso na inserção de dados no sistema pelos municípios.
Mário Sérgio Ribeiro, subsecretário de Vigilância e Atenção Primária à Saúde, destaca as regiões do Médio Paraíba, Baixada Litorânea e Centro-Sul como áreas de maior preocupação. A SES-RJ está se preparando para um possível aumento na demanda por serviços de saúde nessas regiões, implementando ações preventivas.
Como parte do plano de contingência, a SES-RJ realizou capacitações em dezembro para melhorar o diagnóstico e manejo clínico, inclusive para gestantes. Estratégias incluem o apoio à implantação de centros de hidratação, visando reduzir casos graves e óbitos. O Panorama da Dengue, elaborado pelo Centro de Inteligência em Saúde (CIS) da SES-RJ, detalha a tendência de casos por região, incentivando esforços para eliminar focos do mosquito e identificar sorotipos do vírus da dengue em circulação.