
Um ‘rolezinho’, prática irregular onde um grupo se reúne para fazer manobras com motos, terminou em tragédia na tarde de domingo (29), em Campos. Rhuan Assunção Rocha, de 20 anos, foi assassinado com um tiro na cabeça enquanto andava no KM-8. Ele chegou a ser socorrido para o Hospital Ferreira Machado (HFM), mas não resistiu e morreu. Outro jovem de 20 anos, identificado como R.J.A.D.S., foi baleado e encaminhado para o HFM.
Segundo informações da Polícia Militar, uma guarnição foi acionada para ir até a Avenida Carmem Carneiro, no KM-8, próximo ao novo estádio do Americano, para atender uma tentativa de homicídio. Chegando ao local, o Corpo de Bombeiros já estava fazendo o atendimento das vítimas. Os agentes tentaram coletar imagens do local, mas não havia câmeras. Ainda de acordo com a PM, os dois baleados não tinham envolvimento com o tráfico de drogas.
De acordo com o registro de ocorrência, uma motocicleta de cor preta e ocupada por dois homens teria deixado uma área de mato e efetuado os disparos contra os jovens no local, e saíram tomando destino ignorado.
Versão diferente de testemunha
A reportagem do Manchete RJ teve acesso ao depoimento de uma testemunha que estava participando do ‘rolezinho’. Para a polícia, ela contou que um grupo de 30 pessoas, que se encontra para essa prática há mais de quatro anos, estava fazendo manobras no local, conhecido como “Rua do Grau KM-8”. Em determinado momento, Rhuan estava cortando giro na sua moto quando, de repente, caiu com um forte sangramento na cabeça e, logo em seguida, ouviram mais um barulho de disparo.
A testemunha contou que após a tentativa de homicídio, viu um homem de roupa preta correndo em direção ao Campo do Americano. Ao ser perguntada se existiam problemas com seguranças do CT e das obras do estádio do clube campista, ela afirmou que sim, mencionando que há oito meses um funcionário havia reclamado do barulho e os ameaçou com arma de fogo. Em outra ocasião, eles teriam dado tiros para o alto para assustar os motoqueiros.
O crime foi registrado na 146ª DP, em Guarus, onde será investigado, nenhuma das versões está descartada. Até o momento, nenhuma pessoa foi presa.