No início da semana a Secretaria de Estado de Saúde informou que os casos de dengue estão em queda no Estado do Rio de Janeiro. No entanto, nem todas regiões do estado apresentam uma diminuição significativa nos números, como é o caso do Norte Fluminense. O Manchete RJ entrevistou o subsecretário de Vigilância em Saúde de Campos, Charbell Kury, para explicar o motivo de seguir em alerta.
O painel InfoDengue, analisa o futuro das próximas semanas de dengue através do algoritmo de previsão. E esse painel aponta o percentual de notificação de casos que ainda vão acontecer e também as condições climáticas favoráveis à multiplicação do mosquito da dengue. E o que acontece é que tanto Campos, quanto a região Norte Fluminense, ainda é favorável há toda essa multiplicação. Isso vem junto do que está acontecendo no Brasil, pois há um represamento de nuvens no Sul, o que levou a catástrofe no Rio Grande do Sul, evitando que haja a redução de temperatura na região Sudeste. Acreditamos que Campos é sui generis. Então a Região Norte terá uma redução mais lentificada. O número de casos em maio será menor que abril, porém ainda teremos muitos casos de dengue neste mês.”
disse Charbell.
Existem outros fatores que justificam a lentidão na diminuição dos casos de dengue. Além das temperaturas elevadas com ondas de calor, o fato da região Norte ainda não ter vacina também contribui.
Inclusive, Charbell informou que a estratégia para iniciar a vacinação contra a dengue está pronta e será feita por meio do Programa Saúde na Escola (PSE).
“É uma vacina extremamente eficaz. O percentual de eficácia é de 80% de chance de não ter dengue e 90% de não haver hospitalização. São dois resultados muito importantes da vacina. É segura, imunogênica e com pouquíssimo evento adverso. Não tem porque os adolescentes não se vacinarem”, explicou o especialista.