
Um dos termômetros da economia é a taxa de desocupação. Quanto menor for o número de brasileiros desempregados, maior será a perspectiva de um país sem grandes desigualdades financeiras.
Nesse sentido, uma das ferramentas para fomentar as políticas públicas é a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta quinta-feira (18), pelo IBGE, que aponta um aumento da taxa desocupação na maior parte do país.
Segundo o estudo, a taxa de desocupação cresceu em 16 das 27 unidades da Federação no primeiro trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior. Nos outros 11 locais, o índice ficou estável, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgados nesta quinta-feira (18).
As principais altas foram observadas no Rio Grande do Norte (2,2 pontos percentuais, ao passar de 9,9% para 12,1%), Roraima (2,1 pontos percentuais, ao passar de 4,6% para 6,8%), Pernambuco (1,8 ponto percentual, ao passar de 12,3% para 14,1%) e Ceará (1,8 ponto percentual, ao passar de 7,8% para 9,6%).
Outras unidades da federação com alta foram: Tocantins, Piauí e Distrito Federal (com crescimento de 1,7 ponto percentual); Pará e Maranhão (1,6 ponto percentual); Mato Grosso (1,5 ponto percentual); Alagoas (1,3 ponto percentual); Minas Gerais e Mato Grosso do Sul (1 ponto percentual); São Paulo (0,8 ponto percentual); Mato Grosso (0,7 ponto percentual); e Santa Catarina (0,6 ponto percentual). A maior taxa do primeiro trimestre de 2023, no entanto, foi observada na Bahia (14,4%).
11 estados mantêm estabilidade; Rio de Janeiro é um deles
Ao todo, 11 estados mantiveram estabilidade no índice. Dentre eles, Rio de Janeiro, Bahia Amapá, Sergipe, Paraíba, Amazonas, Acre, Espírito Santo, Goiás, Paraná e Rondônia. Este último, aliás, apresenta a menor taxa de desocupação do país (3,2%).
De acordo com a analista da pesquisa Alessandra Brito, o aumento da desocupação e queda na ocupação, ocorridas de forma simultânea, resultaram no crescimento da taxa nas grandes regiões, assim como aconteceu no resultado nacional (cuja taxa subiu de 7,9% para 8,8%).
“Após um ano de 2022 de recuperação do mercado de trabalho pós-pandemia, em 2023, parece que o movimento sazonal de aumento da desocupação no começo do ano está voltando ao padrão da série histórica”, afirmou a pesquisadora.
O que é a taxa de desocupação
A taxa de desocupação é um dos índices utilizados pelo IBGE para medir o montante de pessoas que não trabalham no país. Em resumo, ela se refere às pessoas com idade para trabalhar (acima dos 14 anos, por lei) e que não estão trabalhando, mas estão na busca por emprego.
Rendimentos
De acordo com a pesquisa, no primeiro trimestre, o rendimento médio habitual no país foi estimado em R$ 2.880, ficando estável na comparação com o trimestre anterior.
Texto com informações da Agência Brasil