
Um suspeito de integrar uma quadrilha de roubos de veículos morreu na manhã desta quinta-feira (25), na Zona Norte do Rio, durante a Operação Torniquete. Entre os crimes atribuídos a Vinícius Farias de Azeredo está a tentativa de latrocínio contra o goleiro Rossi, do Flamengo.
Segundo a Polícia Civil, ele, que é apontado como integrante do Bonde do Loirinho, estava armado com um fuzil e acompanhado de uma comparsa, que conseguiu fugir.
Durante a abordagem na Rua Uranos, em Bonsucesso, a dupla atirou contra os policiais, que reagiram. O Bonde do Loirinho é ligado ao Comando Vermelho e considerado uma das principais quadrilhas de assaltos a motoristas no estado.
De acordo com a corporação, Vinícius era investigado em pelo menos 10 roubos recentes na Zona Sul, Praça da Bandeira, Tijuca e Centro do Rio.
Na ação, foram apreendidos um fuzil calibre 5.56, uma pistola 9 mm, uma granada, um colete à prova de balas, um bloqueador de sinal de GPS e um Toyota Corolla roubado há cerca de 15 dias.
A Civitas, administrada pela prefeitura do Rio, auxiliou nas investigações da polícia e ajudou a localizar o Corolla com os criminosos. O órgão informou que desde o dia 15 de setembro estava levantando o monitoramento da placa do veículo a pedido da polícia e enviando alertas em tempo real desde a noite desta quarta (24) para os agentes.
“Entre 23h50 e 1h40, quatro notificações sucessivas permitiram acompanhar os deslocamentos dos suspeitos e preparar a abordagem”, informou a Civitas.
Histórico de crimes
A quadrilha é chefiada por Rodrigo Correia Martins da Piedade, o Loirinho, foragido desde 2018 e com 14 mandados de prisão em aberto. O grupo é apontado como responsável por dezenas de assaltos a veículos nos últimos meses, muitos deles registrados em vídeos que circularam nas redes sociais.
Entre os crimes atribuídos ao bando estão roubos contra turistas em frente ao Aeroporto Santos Dumont e a tentativa de latrocínio contra o goleiro Rossi, do Flamengo — os criminosos dispararam várias vezes contra o carro blindado do jogador na Linha Amarela.
Segundo a Polícia Civil, os roubos praticados pelo grupo provocaram aumento nos índices de ocorrências em áreas como Zona Sul, Centro e Tijuca, apesar da redução geral do número de casos no estado.
As investigações sobre a atuação do “Bonde do Loirinho” vinham sendo conduzidas há quatro meses por equipes da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA-CAP), da DRACO-IE, das delegacias da Praça da Bandeira (18ª DP) e Penha (22ª DP), além de setores de inteligência.
*Com informações do G1