Após integrantes do Sindicato dos Servidores Municipais de Campos (Siprosep) ocuparem as cadeiras dos vereadores pouco antes do início da sessão parlamentar desta quarta-feira (11), a Câmara decidiu retirar da pauta o chamado “pacote de maldades”, enviado pelo prefeito Wladimir Garotinho. Segundo o Siprosep, a emenda acordada com os servidores não foi inserida no texto.
Segundo Elaine Leão, presidente do sindicato, o projeto prevê que possa ser feita uma cobrança extraordinária aos servidores, além da cobrança que já é feita, inclusive com taxação de aposentados.
A mudança na lei que rege o sistema previdenciário ocorre após o rombo da PreviCampos, quando mais de 500 milhões de reais foram desviados entre os anos de 2015 e 2016, durante a gestão da então prefeita Rosinha Garotinho. Grande parte dos investimentos feitos pelo fundo previdenciário foi utilizada em aplicações de alto risco, como em um resort de luxo em Trancoso, na Bahia.
Outra medida do “pacote” é a proposta de aposentadoria com 60% da média salarial do servidor. Além disso, o projeto prevê que a aposentadoria especial não terá o mesmo tempo de concessão das demais. A intenção é aumentar a idade mínima e o tempo de trabalho para que o servidor tenha direito ao benefício.