
Após Campos ser reintegrado ao cofinanciamento do Governo do Estado, a pergunta que fica para a Saúde do município é: “O que vai mudar?”. Consultados pelo Manchete RJ, o deputado estadual Filippe Poubel (PL) e os vereadores Marquinho Bacellar (União) e Rogério Matoso (SD) esperam que a Prefeitura faça valer a narrativa criada pelo prefeito Wladimir Garotinho (PL), quando atribuiu o caos nos hospitais públicos da cidade à falta de repasses do Estado. Ambos ainda relembraram o orçamento bilionário de Campos e disseram que o problema nunca foi a ausência de recursos, tendo em vista que “a população sofre há tempos”.
O câncer de Campos tem nome e sobrenome: Wladimir Mimadinho. A população sofre sem saúde por falta de gestão, incompetência administrativa, porque o orçamento da área é superior a R$ 1 bilhão, e a cidade está entre as que mais recebem recursos do governo estadual. Vou seguir fiscalizando e denunciando esse prefeito incapaz, que protege médicos fantasmas em vez de trabalhar com seriedade para salvar vidas”, opinou Poubel.
Rogério Matoso (SD), vereador da cidade, se posicionou de forma semelhante ao deputado e disse que nunca houve tanto recurso do Estado como está havendo nos últimos anos. Segundo o parlamentar, mesmo com os repasses milionários do Governo do Estado, a população segue sofrendo.
Nunca houve tanto dinheiro. E, mesmo assim, ao longo desses anos todos, a população continua sofrendo. E já era previsto que o Governo enviasse para a Saúde de Campos cerca de 70 milhões de reais. O prefeito sabia disso e, muitas vezes, de maneira covarde, tenta culpar uma pessoa com quem tem desafeto. É importante dizer que, mesmo com o orçamento de R$ 1 bilhão, o município apresenta grandes dificuldades”, disse Rogério Matoso.
O vereador Marquinho Bacellar não ficou para trás. Assim como Rogério, ele também alegou que o prefeito já tinha conhecimento de que o cofinanciamento seria restabelecido no mês de julho. Segundo o ex-presidente da Câmara, Wladimir “preferiu usar as redes sociais para causar medo na população”.
Agora, vamos ver se ele vai resolver, de fato, os problemas da Saúde, que a gente sabe muito bem que não surgiram este ano. Desde o nosso primeiro mandato recebemos reclamações, como falta de insumos básicos e de medicações como dipirona, além de cirurgias que não são marcadas. Não foi uma situação criada pela suspensão do cofinanciamento. A população sofre há muito tempo”, reiterou Marquinho.