A Polícia Civil de São Paulo informou nesta terça-feira (25) que identificou e prendeu um torcedor do Flamengo suspeito de ter matado a palmeirense Gabriela Anelli, de 23 anos, que foi atingida por uma garrafa de vidro durante uma confusão entre torcidas no entorno do estádio em 8 de julho.
Segundo o Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), Jonathan Messias Santos da Silva é o homem com barba que aparece em vídeo de uma câmera de segurança atirando uma garrafa.
Ele foi encontrado no bairro de Campo Grande, no Rio de Janeiro, após mandado de prisão ser expedido pela Justiça. A Delegacia de Homicídios Central (DHC) do Rio deu apoio à ação.
Ainda conforme a polícia, o homem será apresentado na unidade policial do Rio de Janeiro e, em seguida, será levado para a delegacia de São Paulo.
Uma coletiva de imprensa será feita às 11h para detalhar como se deu a identificação e prisão do suspeito.
Mudança na investigação
Na última quinta-feira (13), o delegado-geral Artur José Dian informou que a morte da torcedora Gabriela passaria a ser investigada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
A mudança ocorreu por determinação da Justiça e após a revogação da prisão do torcedor do Flamengo Leonardo Felipe Xavier Santiago, de 26 anos. Na decisão, a juíza considerou o delegado incialmente responsável pelo caso como “despreparado”.
Santiago havia sido preso e indiciado pela Polícia Civil de São Paulo por homicídio doloso consumado. Ele foi liberado na quarta-feira (12) por volta das 17h40 do Centro de Detenção Provisória 4 de Pinheiros, em São Paulo.
No entendimento do Ministério Público, baseado nas provas que existem até o momento, o arremesso da garrafa que atingiu e matou Gabriela Anelli foi feito por um torcedor do Flamengo ainda não identificado, filmado jogando o objeto contra a torcida do Palmeiras.
Segundo o delegado-geral, o trabalho agora é para identificar esse homem, além de outras pessoas que também arremessaram objetos.
Além de Felipe Santiago, a Polícia Civil investiga ao menos 10 pessoas que jogaram garrafas na confusão entre torcedores que terminou com a morte de Gabriela. Os investigadores usam uma ferramenta de investigação de reconhecimento facial.