A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) determinou a interdição total da operação com hidrocarbonetos na plataforma P-53, operada pela Petrobras, após auditoria realizada entre os dias 8 e 17 de abril de 2025 ao constatar riscos graves e iminentes à vida de trabalhadores e ao meio ambiente.
De acordo com o relatório técnico da ANP, foram encontrados diversos desvios críticos de segurança, muitos deles semelhantes aos já identificados em uma interdição anterior da mesma plataforma, ocorrida em fevereiro de 2024. Entre os principais problemas estão a degradação severa de estruturas críticas, ausência de medições técnicas confiáveis, falhas na avaliação de danos e omissões no envio de relatórios técnicos fundamentais, como o Relatório estrutural por entidade especializada, que sequer foi encaminhado à agência.
Segundo o documento, vigas com grande degradação estrutural, inclusive aquelas que servem de suporte para tubulações de fluidos perigosos, foram ignoradas pela Petrobras nos relatórios apresentados. A ANP alerta que tais falhas comprometem diretamente a segurança em cenários de incêndio e explosões, colocando em risco uma população a bordo (POB) de 240 pessoas.
Recentemente um trabalhador ficou gravemente ferido após acidente na P-53. Segundo informações apuradas pela reportagem do Manchete RJ, o trabalhador foi atingido por uma eslinga que se soltou de um guindaste. Ele sofreu um corte profundo na cabeça, que também atingiu o supercílio e a testa, além de uma lesão no ombro. O capacete que utilizava foi essencial para evitar consequências mais grave
A reportagem entrou em contato com a Petrobras buscando um posicionamento sobre a interdição, mas até o momento não obteve resposta.