
A Polícia Federal divulgou uma nota oficial sobre a operação contra cabos eleitorais do vereador Bruno Pezão (PP), da base de Wladimir Garotinho, nesta quinta-feira (2). A PF informou que foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em duas residências na Baixada Campista.
Ainda de acordo com a PF, os investigados são suspeitos de realizar pagamentos para a prática de corrupção eleitoral, além de coagir eleitores a fim de angariar votos para um candidato a vereador do munícipio citado.



Confira a nota íntegra:
Nesta quinta-feira, 3/10, a Polícia Federal deflagrou uma operação para combater as práticas de coação de eleitores e compra de votos nas eleições municipais de Campos dos Goytacazes/RJ.
Na ação de hoje, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em duas residências e um endereço comercial no bairro Saturnino Braga, no referido munícipio do Norte Fluminense.
O trabalho de inteligência da Delegacia de Polícia Federal em Campos dos Goytacazes (DPF/GOY) apontou que os alvos da ação de hoje são suspeitos de realizar a guarda e distribuição dos valores pagos para a prática de corrupção eleitoral. Além disso, eles também seriam responsáveis pela coação de eleitores para que votassem em um candidato a vereador do munícipio.
As investigações foram iniciadas a partir da prisão de um candidato a vereador de Campos dos Goytacazes, efetuada pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro. O homem era suspeito de ter envolvimento com a morte de um cabo eleitoral.
Os investigados responderão pelos crimes de corrupção eleitoral e coação de eleitores, cujas penas, somadas, podem chegar a oito anos de prisão.
Posicionamento da defesa de Pezão
A reportagem do Manchete RJ entrou em contato com a defesa de Bruno Pezão que, por meio de nota, emitiu um posicionamento, tanto sobre a operação, quanto ao pedido do Ministério Público Eleitoral que ajuízou uma ação tentando à cassação e inelegibilidade do vereador. Confira a nota abaixo:
”A defesa do vereador Bruno Pezão informa que a operação realizada na data de
hoje, assim como o pedido do Ministério Público, não trouxeram nenhum fato novo ao caso.
Nada de ilícito foi apreendido com o candidato, nem com qualquer outro investigado. Essa ação,
às vésperas da eleição, trata-se de uma clara tentativa de descredibilizar o candidato.
É importante destacar que, até a data de hoje, a Delegacia tem negado acesso dos
advogados aos autos do processo, mesmo com a devida procuração, em clara violação à
Constituição e ao direito de defesa. Tais atitudes levantam questionamentos sobre a condução do
caso e a possível parcialidade por parte da autoridade policial.
Reforçamos que tudo será devidamente esclarecido na Justiça. Apesar das
tentativas de grupos antagônicos de minar a candidatura, motivados pela grande popularidade de
Bruno Pezão junto aos eleitores, a campanha seguirá firme. A defesa confia que a verdade
prevalecerá, e que essas manobras políticas não terão o efeito desejado.”
O diretório municipal do Progressistas em Campos também foi procurado pelo Manchete RJ, mas até o momento nossa equipe de reportagem não obteve resposta. A mãe do vereador se posicionou, afirmando que o filho está sendo alvo de uma perseguição.
No dia 18 de setembro, Pezão havia sido preso em flagrante por lavagem de dinheiro durante uma operação que investigava a morte de um ex-cabo eleitoral dele. Outra investigação aponta que, da cadeia, um traficante participou de um comício com Bruno por videoconferência.