
Fechado para reforma em 2013 com o valor de R$ 2.,7 milhões e previsão de entrega no ano 2015, coisa que não aconteceu e sim abandono total pela gestão Rosinha Garotinho, o Palácio da Cultura teve suas obras concluídas e foi entregue ainda no último mês do governo Rafael Diniz através de negociações que definiu que a reforma, orçada em R$ 1 milhão e 200 mil, seria retomada e integralmente concluída (assim, a Prefeitura não teve ônus com a recuperação do espaço).

O acordo foi homologado em 2018 pelo Juízo da 4ª Vara Cível de Campos, como medida compensatória pela empresa privada proprietária da área do prédio histórico Casarão Clube do Chacrinha (que ficava na esquina da 13 de Maio com Saldanha Marinho, no centro de Campos), demolido indevidamente no início de 2013 por uma falha de fiscalização do então responsável pelo COPPAM (Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural) Orávio de Campos Soares, também na administração da ex prefeita Rosinha.
Já a verba para aquisição de mobiliário, equipamentos e sistema de refrigeração veio de uma emenda dos ex-parlamentares Paulo Feijó e Christino Áureo destinada à Inovação, no valor de R$ 1 milhão. Onde está esse dinheiro?

A obra do Palácio foi concluída e entregue, mas a hora de colocá-lo em funcionamento até hoje não chegou.
Já são dois anos e oito meses do atual governo e nada, não só o Palácio da Cultura, como outros equipamentos e prédios históricos que pertencem a municipalidade seguem sem o devido cuidado e respeito.
O Museu Olavo Cardoso é outra prova do descuido e da falta de comprometimento com o passado, com a história e com a memória do povo campista.
Aproveito para aguçar a imaginação dos caros leitores, para que possam refletir comigo; qual a moral que a prefeitura, através do COPPAM (Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Campos), tem para cobrar medidas de restauro de prédios históricos de propriedade particular?
Estamos vendo chegar ao fim o mandato do atual prefeito Wladimir Garotinho, e nada de concreto aos equipamentos culturais nem tão pouco a conscientização da população sobre a importância do município de Campos também na construção cultural do Brasil.
Está na hora de devolver não só o Palácio da Cultura, o Museu Olavo Cardoso, mais tudo que a nossa cidade tem de mais cultural aos seus donos, os artistas, a população que tanto se identifica com esses espaços.
É uma pena ver que tenha gente querendo ganhar notoriedade, esquecendo que fez e faz parte do legado de “fechamentos” da cultura campista.
Outros tempos:
