
Como de costume, após casos de grande repercussão, entidades, personalidades e órgãos se manifestam sobre determinado assunto. São textos com palavras rebuscadas e expressões prontas, mas nada ou quase nada se reverte em ações concretas.
No recente caso do atacante Vinícius Júnior, do Real Madrid, que foi vítima de racismo em uma partida contra o Valência, entidades como a FIFA, a CBF e o próprio governo brasileiro repudiaram o ocorrido.
Mas já se perguntaram quantos casos semelhantes terminaram com os racistas identificados e presos? E, mais que isso, quantos torcedores foram banidos do futebol por comportamentos racistas?
As respostas pairam no ar porque praticamente não há punições exemplares. No jogo seguinte, vítima e agressor estão frente a frente, no mesmo estádio.
Enquanto houver impunidade, haverá injustiça.
Para além das promessas, dos textos poéticos e das notas de repúdio, o combate ao racismo precisa de ação. Não há tempo nem paciência para falsas promessas.
“Não basta não ser racista, é preciso ser antirracista”.