Nove suspeitos foram presos, nesta terça-feira (26), por dopar e extorquir um turista eslovaco em Ipanema, na Zona Sul do Rio. Segundo a vítima, ela conheceu alguns deles em uma boate, no Centro, enquanto os demais foram até seu apartamento e entraram sem seu consentimento. Ao todo, eles roubaram R$ 1.500 através de transações com cartão de crédito.
Na ocasião, equipes do Segurança Presente foram acionadas por uma testemunha que notou o turista, que não falava português, caminhando tonto com dois homens na Rua Visconde de Pirajá, altura da galeria nº 487, onde está localizada uma loja autorizada da Apple, em Ipanema.
Ao chegar no local, os agentes realizaram a abordagem contra os suspeitos identificados como Ian dos Anjos Silva e Alex da Silva Ferreira. Com eles, foram encontrados dois celulares e duas máquinas de cartão de crédito.
Na abordagem, um dos policiais, em inglês, perguntou a vítima o que estava acontecendo, que contou se sentir ameaçado pela dupla que o acompanhava. O estrangeiro informou ainda que havia bloqueado a senha do seu telefone, propositalmente, para que não houvesse saques em sua conta bancária, e que os bandidos estavam o levando até a loja para que fosse feito o desbloqueio.
Em seguida, a vítima levou os policiais militares até o endereço em que está hospedada, onde foram encontrados os outros sete suspeitos. Aos agentes, ele disse ainda que os homens estavam em seu apartamento desde o dia anterior e que havia escondido o seu cartão de crédito, mas que um deles tinha encontrado e feito a transações no valor de R$1.500.
Todos os nove foram encaminhados a Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat). Enquanto a vítima foi encaminhada ao Hospital Miguel Couto e posteriormente ao IML. Ainda no apartamento, foi encontrado drogas, maquininhas de cartão de crédito e medicamentos utilizados em crimes de roubo na modalidade do golpe “boa noite cinderela”.
Na delegacia, um dos suspeitos, identificado como Ernesto Neri Pereira confirmou ter realizado a transação na máquina com o cartão de crédito da vítima como pagamento para a compra de drogas e para o programa sexual. Ele disse ainda ser portador do vírus HIV e que teve relação sexual sem usar preservativo.
Todos os suspeitos devem responder por roubo e associação criminosa. Já Ernesto, além desses crimes também foi autuado por perigo de contágio de moléstia grave. E um outro suspeito, por tráfico de drogas.
*Com informações de O Dia