
O Rio de Janeiro vem alcançando resultados positivos no combate à violência. E este avanço já vem sendo traduzido em números. Nesta quinta-feira (24), foi divulgado o ranking dos estados e das cidades mais violentas do país no Anuário da Segurança Pública, feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. E entre os 20 municípios com mais violência no país não há nenhuma cidade fluminense.
Diferentemente de 2023, quando a cidade de Itaguaí, na Região Metropolitana, aparecia na 16ª posição na lista. Esta mudança dos índices de violência do Estado do Rio de Janeiro reflete os investimentos em tecnologia para modernizar as polícias, em treinamento e na valorização dos policiais.
O levantamento de dez cidades mais violentas do país, que sofrem com disputas de facções pelo controle do tráfico, também não apresenta nenhuma cidade do estado do Rio de Janeiro. Todas estão localizadas em estados do Nordeste.
– Os novos números demonstram que um trabalho sério, sem pirotecnia e com investimentos corretos, dá resultados efetivos. Entre os estados, o RJ ficou em 15° lugar. Isso foi possível graças aos investimentos históricos em segurança pública, que ultrapassam os R$ 4,5 bilhões, garantindo a modernização dos equipamentos e a melhora das condições de trabalho dos agentes – afirmou o governador Cláudio Castro.
O Governo do Estado tem destinado esforços e investimentos para promover o fortalecimento das forças de segurança, por meio da aquisição de novos recursos materiais para as áreas operacionais e de inteligência, como também para melhorar as condições de trabalho dos policiais, com obras de infraestrutura em unidades, compra de equipamentos de proteção individual e convocação de policiais.
Até o fim deste semestre, 758 veículos serão incorporados à frota da Polícia Militar. Desde 2022, o Estado já adquiriu 1.714 viaturas, e ainda em 2025 está prevista a entrega de 470 motocicletas e um helicóptero blindado. Além disso, o Governo do Estado investiu R$ 170 milhões em obras de reforma de unidades da Polícia Militar. Foram R$ 160 milhões para a reestruturação de instalações e aquisição de recursos tecnológicos.
O efetivo também está em expansão, com a incorporação de 2 mil policiais militares entre 2021 e 2024. Neste ano, mais 100 oficiais e até 2 mil soldados começam a ser formados. Outros 2 mil deverão ser convocados a partir do ano que vem.
Na Polícia Civil foram abertas mais de 3.600 vagas na atual gestão, o maior reforço de efetivo em anos, após uma década sem concursos. A Acadepol formou 830 policiais civis em 2024 e no 1º semestre de 2025 foram matriculados 799 candidatos.
A atual gestão mais que dobrou o número de bases do Segurança Presente. Foram inauguradas 29 unidades do programa, chegando a 50 em todo o estado.
Foco em tecnologia
Dos mais de R$ 4,5 bilhões investidos pelo governo em segurança pública, a maior parte foi destinada à tecnologia. As Forças de Segurança contam hoje com o CICC Móvel, que começou a ser utilizado em 2024 e auxiliou as equipes policiais no patrulhamento de megaeventos, como show da Lady Gaga e da Madonna, G20, Réveillon e Carnaval.
Também foram inauguradas a Agência Central de Inteligência, que concentra setores como busca eletrônica e interceptações, e o Gabinete de Comando de Operações Policiais, para a coordenação de monitoramento e gestão estratégica das ações contra o crime organizado.
O sistema de reconhecimento facial implantado nas câmeras de monitoramento urbano possibilitou a prisão de 544 criminosos em um ano e meio, entre janeiro de 2024 e junho de 2025. Com a adoção do sistema portátil, foram 588 prisões efetuadas com auxílio do software de reconhecimento facial.