
O Ministério Público do Rio de Janeiro ajuizou Ação Civil Pública denunciando o ex-prefeito de Quissamã, Armando Carneiro, a empresa Transgomes Transportes e Serviços Ltda e outros, para o ressarcimento de R$ 719.550.35 aos cofres públicos por supostas irregularidades em contrato de fornecimento de água para comunidades da área rural. Na denúncia consta que há indícios de superfaturamento e uso de água imprópria para o consumo humano.
Além de Armando e da empresa, também foram denunciados a vereadora Alexandra Moreira Gomes, esposa do ex-prefeito e ex-secretária de Saúde da época; Humberto Carvalho Gomes, representante da empresa e tio de Alexandra; e Glauco Gomes, representante da empresa e primo de Alexandra.
A investigação foi conduzida prlo GATE (Grupo de Apoio à Promotoria) constatando que há indícios de superfaturamento, pois os serviços foram pagos com base em preços incompatíveis com os valores de mercado à época e houve fornecimento de água bruta, imprópria para o consumo humano.
Consta ainda na denúncia que o serviço foi contratado para levar água a localidades como Machado, Mutum, Sítio Boa Vista, Sítio Santa Luzia, Bacurau, Flexeiras, São Miguel, entre outras.
“No governo do ex-prefeito Armando, a população dessas localidades recebeu água suja, imprópria para consumo. Bairros com pessoas pobres, negras e que necessitavam dessa água tratada. Isso tudo sem fiscalização e com aval da Secretaria de Saúde, que na época era a primeira dama do município e parente(s) dos representantes da empresa”, disse o vereador Janderson Barreto na sessão desta terça-feira (28).
A reportagem tentou o contato com todos os envolvidos na investigação, porém não obteve retorno. O Manchete RJ segue à disposição.