
Em entrevista ao programa Band Notícias, da rádio Band FM, o atual presidente da Câmara de Campos e vereador reeleito, Marquinho Bacellar (União Brasil), esclareceu alguns pontos importantes sobre o seu futuro e o da Casa de Leis campista. Entre os tópicos debatidos estavam a reeleição, votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) e a passagem de bastão para o próximo parlamentar que irá ocupar a cadeira de maior hierarquia no Plenário Álvaro Lopes Vidal.
Marquinho Bacellar afirmou que não tem interesse em tentar uma reeleição neste momento, tampouco apoiar alguém. “Muita gente vem me procurando para perguntar sobre esse assunto. Eu conversei com meu grupo e falei que não fujo de nada. Mas o meu momento hoje é focar na oposição, me colocar como líder. Não vislumbro isso no momento, por isso não coloco meu nome e, por ora, não pretendo apoiar ninguém. Presidência é algo que não penso no momento. Quero ser um líder de oposição e continuar mostrando a Campos de verdade”, disse.
Ao falar sobre o seu legado na Casa, o vereador citou alguns avanços: “Reabrimos a casa para o povo, trouxemos as crianças pra perto com a Escola Legislativa, além de poder valorizar os funcionários da casa, entre tantas outras coisas. Quero deixar meu nome aqui de maneira positiva.”
Mas antes de fechar o mandato, Marquinho Bacellar terá que enfrentar novamente um assunto que trouxe um grande embate entre ele e o prefeito Wladimir Garotinho (PP): a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025. Uma audiência já está marcada para o dia 11 de novembro. O presidente da Câmara fez um apelo para a população participar ativamente dos debates. “A população tem que participar das audiências e cobrar, pois, se não for assim, quem tiver a caneta vai fazer o que quiser”, ressaltou.
Na continuação, Bacellar lembrou as polêmicas que antecederam a votação da LOA para o ano de 2024 e afirmou que Wladimir não cumpriu acordos feitos com ele e também falou sobre possíveis datas de votação. “Tudo que a gente exigiu da LOA, o prefeito não cumpriu. Tivemos um desgaste enorme e, no final das contas, ninguém saiu vencedor. Pretendo debater bem a LOA antes de votar. Se conseguimos ajeitar tudo, votaremos neste ano; mas, se não acontecer, no próximo ano, certamente o próximo presidente, que deve ser do prefeito, irá colocar em votação.”
Adotando um tom pacificador pós-eleição, Marquinho concluiu que pretende manter essa linha, porém, sem deixar de ser oposição. “Foram quatro anos de luta, mas muito aprendizado. Tanto para a gente de oposição quanto para o prefeito. Espero que nos próximos quatro anos a gente mantenha uma relação de respeito entre base e oposição, pois só quem tem a ganhar é a população. É pra isso que a gente luta.”