
Heloísa dos Santos Silva foi enterrada neste domingo (17), no Cemitério Municipal de Petrópolis, na Região Serrana do estado do Rio de Janeiro, após ficar 9 dias internada no Hospital Adão Pereira Nunes depois de ser baleada por um agente da Polícia Rodoviária Federal. A mãe da vítima fez um desabafo nas redes sociais após o sepultamento da filha.
“A vida aqui para você seria pequena, com sua alegria, danças, cantos e tantas outras coisas que ama fazer. Chegar em casa e ver suas coisinhas me destrói. Procurar uma roupa sua que ainda não foi lavada ara sentir seu cheiro é o que me acalma agora. Sua irmã sente tanto a sua falta, que ela grita pelo seu nome”, lamentou Alana dos Santos, após voltar do enterro da filha.
“Filha, essa semana que ficamos juntinhas, foi uma despedida tão dolorosa. Ver você naquele sofrimento, lutando tanto e sendo forte me encheu de esperança a todo momento. Minha filha sofreu tanto. Lembro dos gritos de desespero da minha família e dela em especial. Um dia entenderei”, postou a mãe.
Ela ainda questiona: “Até quando vamos viver assim, pessoas que eram para nós proteger, sendo tão despreparados?”.
A mãe chegou a postar uma foto do último dia em que as meninas estiveram juntas, antes de tudo acontecer.
Por fim, ela se despede.
“Seu cheirinho, seu bafinho de todas as manhãs… Você é luz! Sua família te ama tanto, que aqui não serei capaz de dizer. Obrigada por esse momento em que vivemos juntas, quanta coisa aprendi. Você é o amor da minha vida, Heloísa. Cuida de nós. Um anjinho lindo, cheia de luz e amor, sem dor, sem esse sofrimento que foi tão pesado”, completa Alana.
Relembre
Heloísa foi baleada no dia 7 de setembro, quando um agente da PRF efetuou disparos de fuzil em direção ao carro em que a família estava no Arco Metropolitano, na altura de Seropédica. O Ministério Público Federal (MPF) pediu a prisão preventiva de 3 agentes envolvidos na ação (relembre o caso abaixo).
O laudo com a causa da morte da menina Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, baleada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) aponta em decorrência de “lesão no encéfalo por projétil de arma de fogo”.