
Vinícius Sarciá Rocha, irmão do governador Cláudio Castro (PL), é alvo da Operação Sétimo Mandamento, da Polícia Federal (PF), deflagrada nesta quarta-feira (20). O Superior Tribunal de Justiça (STJ) expediu mandados dentro da investigação sobre possíveis fraudes em programas assistenciais do estado.
“Foram identificados pagamentos de vantagens ilícitas variáveis entre 5% e 25% dos valores dos contratos na área de assistência social, que totalizam mais de R$ 70 milhões”, afirmou a PF.
Além de Sarciá, que é presidente do Conselho de Administração da Agerio (a Agência Estadual de Fomento), também sofreram buscas Astrid de Souza Brasil Nunes, subsecretária de Integração Sociogovernamental e de Projetos Especiais da Secretaria Estadual de Governo, e Allan Borges Nogueira, gestor de Governança Socioambiental da Cedae. Os nomes foram revelados pelo Blog da Andréia Sadi.
Policiais federais cumprem ainda nesta quarta, medidas de afastamento de sigilo bancário e fiscal e 6 medidas de afastamento de sigilo telemático.
Na Operação Sétimo Mandamento (não furtar), são investigados os crimes:
- Organização criminosa;
- Peculato;
- Corrupção;
- Lavagem de dinheiro.
Esses crimes teriam sido praticados na execução dos projetos Novo Olhar, Rio Cidadão, Agente Social e Qualimóvel entre os anos 2017 e 2020.
Em abril, o ministro Raul Araújo, do STJ, autorizou a abertura de um inquérito PF para investigar Castro pelo suposto envolvimento dele em um esquema de corrupção na época em que ele era vereador e vice-governador — também entre 2017 e 2020.
De acordo com as investigações da PF que levaram à operação desta quarta, “a organização criminosa penetrou nos setores públicos assistenciais sociais do estado e realizou fraude a licitações e contratos administrativos, desvio de verbas públicas e pagamentos de propinas aos envolvidos nos esquemas”.
“O grupo obteve vantagens econômicas e políticas indevidas, pois procurou direcionar a execução dos projetos sociais para seus redutos eleitorais, aproveitando-se também da população mais necessitada”, afirmou a PF.
*Com informações do g1