O Hospital Escola Álvaro Alvim usou as redes sociais para alertar sobre um golpe que vem sendo aplicado contra pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Segundo a unidade hospitalar, os criminosos entram em contato com familiares por telefone ou mensagens, solicitando pagamentos para a realização de procedimentos, exames ou liberações imediatas.
O hospital divulgou uma cartilha para orientar pacientes e familiares a não caírem nos golpes. Confira:
• O hospital não realiza cobranças por telefone, mensagens ou aplicativos.
• Nenhum pagamento é solicitado sem a emissão de documento oficial e orientação presencial.
• Qualquer contato externo solicitando transferência bancária deve ser considerado tentativa de golpe.
Também foi recomendado que não sejam realizados pagamentos, nem fornecidos dados pessoais ou bancários, além de anotar o número da ligação e informar imediatamente à equipe da UTI ou à administração hospitalar.
Familiar de paciente questiona
Lys Miranda, filha de um paciente internado no Hospital Álvaro Alvim que foi vítima de um dos golpistas, relatou como os criminosos agem.
“Infelizmente, a minha família foi uma das que recebeu a ligação. Ao ligar, a pessoa fala exatamente tudo sobre o estado do paciente. No meu caso, o meu pai está na UTI, e quando a minha mãe atendeu a ligação, o homem se identificou como médico do hospital, passou todo o quadro e então pediu o dinheiro para fazer o procedimento. Fica aqui o meu questionamento: como eles sabem exatamente o quadro do paciente? Como têm acesso ao número de celular da família que está lá?”, explicou.
Lys também afirmou que a quantidade de dados pessoais em posse dos criminosos faz acreditar que as informações estão sendo repassadas internamente.
“A única explicação mais óbvia é que alguém lá de dentro passa as informações. Como nós, familiares, ficamos em paz sabendo que há alguém repassando dados dos pacientes para aplicar golpes? O Hospital Escola Álvaro Alvim não pretende abrir uma investigação? E não foi apenas a minha família que recebeu essa ligação”, concluiu.
A família dela não chegou a efetuar o pagamento.
A reportagem do Manchete RJ solicitou um posicionamento ao hospital sobre o caso, mas até a publicação desta matéria não obteve resposta.







