
Familiares de Edison Rodrigues de Souza se reuniram nesta segunda-feira (29) em frente ao Fórum de Campos dos Goytacazes para exigir justiça pelo homicídio triplamente qualificado cometido pelo ex-PM Marco Antônio Pessanha da Silva Júnior em 2013. O julgamento iniciou hoje por volta das 13h.
A irmã da vítima, que não quis se identificar, falou ao Manchete RJ e disse esperar que a justiça seja feita.
“Estamos aqui para pedir justiça pelo meu irmão que foi assassinado em frente ao fórum há 14 anos. O julgamento já foi remarcado várias vezes. Minha mãe sente até hoje a morte do meu irmão, nós sofremos demais. Hoje ela não tem mais saúde por causa disso, vive pedindo para Deus tirar até a vida dela. Só queremos que a justiça seja feita e que a gente saia daqui com a condenação.”
Segundo ela, o motivo do assassinato foi queima de arquivo.
“O motivo foi porque meu irmão sabia de um outro homicídio que o meu cunhado tinha cometido. Então eu acho que ele quis dar um cala boca nele.”
A Assessoria da Secretaria de Estado da Polícia Militar informou que Marco Antônio já não faz parte da corporação e foi excluído a bem da disciplina no ano de 2016.
Relembre o caso
O ex-PM Marco Antônio foi preso na operação 121, realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), na sexta-feira, 27 de dezembro de 2013, acusado de matar seu cunhado Edison Rodrigues em frente ao Fórum de Campos dos Goytacazes em pleno horário de expediente forense.
Marco Antônio também foi acusado de tortura. Após executar a vítima e fugir, ele teria retornado ao local do crime instantes depois, já com a farda e demonstrando frieza em relação ao crime praticado. Pessanha adquiriu fama de “justiceiro” em vários distritos de Campos, coagindo a população e intimidando vítimas e testemunhas.
Fonte: O Dia