Por Diogo Ferreira e João Balthazar
A equipe do Manchete RJ esteve no Instituto Médico Legal (IML) na tarde desta sexta-feira (10) e apurou o caso do bebê de sete meses que morreu enquanto viajava de Campos para Além Paraíba, em Minas Gerais, na quinta (9). O laudo pericial ainda não foi divulgado, mas a principal hipótese da causa da morte é de que Antonella Merve teria engasgado durante o trajeto. Ela chegou a ser encaminhada para um hospital, mas não resistiu e morreu.
A reportagem conversou com o pai e a mãe do bebê, que moravam no distrito de Travessão, em Campos. Segundo relatos de Francisco Eryc, sua ex-companheira estaria fugindo escondido dele com sua filha para a casa do atual companheiro dela, em outro Estado. O homem, que é motorista de van, chegou a flagrar o momento na altura do quilômetro-8.
“Eu estava trabalhando, quando em um determinado momento vi um caminhão de mudanças com minha ex-mulher. Eu parei a minha van e pedi para eles pararem o veículo. Fui até lá ver o que estava acontecendo. Quando descobri que eles estavam de mudança, sem que eu soubesse. Eu não quis impedir. Dei um beijo na minha filha e falei te amo”, contou.
O Manchete RJ teve acesso a imagens que mostram Daiana Nóbrega dentro do caminhão com seus três filhos, incluindo a bebê fruto do relacionamento com Francisco, o motorista e mais um ajudante, no momento da suposta fuga. O atual companheiro dela estava na caçamba junto com os pertences. Ao todo eram sete pessoas dentro do veículo.
Já Daiana, afirma que estava mudando de cidade pois enfrentava alguns problemas com o Francisco Eryc, pai da vítima. Ela relatou que ainda foi atendida na estrada após Antonella passar mal.
“Eu estava indo para outra cidade, quando em um determinado momento ela começou a vomitar e passar mal, nessa hora desci do caminhão onde estava e imediatamente parei um motorista na estrada. Ele nos atendeu e levou a gente para o hospital mais próximo, em São Fidélis”, revelou.
A mãe disse que não recorda o tempo exato que levou até chegar ao hospital, ela só tentava estabilizar a filha. Ao chegar no hospital, ela afirmou que os médicos tentaram reanimar o bebê, mas ela não resistiu e morreu.
Os pais de Antonella também afirmaram que ela sofria com refluxo desde quando nasceu, e passava mal frequentemente, inclusive na quinta-feira, dia da sua morte. Daiana e seu companheiro prestaram depoimento na 141ª DP, em São Fidélis, agora ambas as famílias aguardam o laudo no IML de Campos.