
O Manchete RJ teve acesso com exclusividade à decisão da prisão em flagrante da detenta de 19 anos, identificada como Vanessa de Jesus Almeida, que foi encontrada morta na manhã deste domingo (23), no Presídio Nilza da Silva Santos, em Campos. Ela foi presa em outubro de 2024, na comunidade “Favela da Linha”, em Macaé, pelo crime de tráfico de drogas.
Segundo informações contidas na decisão, Vanessa estava na garupa de uma motocicleta, quando desceu do veículo e correu em direção a um beco da comunidade após a presença da Polícia Militar. Os policiais seguiram em direção à jovem, que foi encontrada andando pelo beco. Neste momento, os agentes notaram que a mulher estava mastigando algo e mandaram ela cuspir. Vanessa então cuspiu 08 pedras amareladas que seriam de crack.
Ao questionarem a origem das drogas, a jovem disse que era para vender. Durante a revista, foram encontrados 150 reais em seu bolso, uma máquina de cartão e um celular. A mulher contou aos policiais que 20 reais eram fruto da venda de entorpecentes, e 130 reais seriam do pagamento dela pela venda das drogas.
Ao ser perguntada sobre o que estaria fazendo no beco, Vanessa respondeu que foi pegar drogas para vender. Ela fazia parte do tráfico na função de “vapor”, segundo a polícia, ou seja, a pessoa responsável pela venda direta aos consumidores. Na ocasião, a jovem acabou presa e foi transferida para o presídio feminino de Campos.
Suspeita de Tuberculose
Conforme informou a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP), a jovem estava em uma cela isolada com suspeita de tuberculose quando foi encontrada morta. A causa da morte da jovem está sendo investigada pela 134ª DP do Centro de Campos.
Ainda de acordo com a SEAP, uma sindicância foi instaurada para apurar os fatos ocorridos na unidade. No que diz respeito ao motim praticado pelas presas – que atearam fogo em colchões horas depois do ocorrido – o órgão explicou que o fato ocorreu devido à demora do procedimento para a retirada do corpo.
O Samu foi acionado e ao chegar no local constatou que a presa estava sem sinais vitais, declarando o óbito. O rabecão foi chamado para a retirada do corpo, mas por conta da demora do procedimento, presas de outra cela colocaram fogo em colchões. A situação foi rapidamente controlada, não houve feridos e nem danos maiores”, explicou a Seap.