
O deputado estadual Flávio Serafini (Psol) acionou o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro para investigar as circunstâncias da morte de homens que foram eletrocutados após serem atingidos por um fio de alta tensão em Campos. A informação foi divulgada após o registro da tragédia, ocorrida na semana passada, no Parque Boa Vista.
Segundo Polícia Militar, os dois homens — Rodrigo da Silva Rodrigues e Carlos Eduardo Muniz Ribeiro — foram encontrados já sem vida ao lado de uma motocicleta completamente carbonizada. Ainda de acordo com o registro policial, os corpos apresentavam sinais de carbonização, e a principal hipótese é de que tenham sido atingidos por um cabo de alta tensão que havia caído na via pública.

A concessionária Enel, responsável pelo fornecimento de energia na região, foi chamada e enviou uma equipe ao local. Técnicos da empresa realizaram a remoção do cabo energizado e deram suporte à operação com um caminhão. A Polícia Militar informou que não há câmeras de vigilância na área do acidente.
O episódio levou à manifestação do deputado Flávio Serafini, que fez duras críticas à atuação da empresa e anunciou providências para buscar a responsabilização civil e criminal dos envolvidos.
“Em primeiro lugar, quero expressar toda minha solidariedade às famílias das vítimas dessa tragédia absurda e revoltante. Fiquei profundamente indignado ao saber que moradores da região já haviam alertado sobre o risco do cabo de alta tensão no chão e, mesmo assim, a Enel não tomou providência. Esse é mais um capítulo da longa história de negligência da concessionária com a população fluminense. Ontem, acionamos o Ministério Público para que investigue as responsabilidades e puna os responsáveis. Não é aceitável que vidas sigam sendo perdidas por falta de manutenção e resposta rápida da empresa. Por isso, lançamos a campanha Fora Enel: para impedir a renovação da concessão e pôr fim a um serviço que tem falhado de norte a sul do estado. Energia elétrica é um direito, e o povo do Rio de Janeiro merece respeito.”
*Com informações do site Agenda do Poder