
O município de Quissamã, no Norte Fluminense, está, aparentemente, vivendo uma crise na Educação. Nos últimos dias, frequentadores do ambiente escolar municipal têm notado mudanças que podem afetar o cotidiano dos alunos — a começar pela retirada das catracas que faziam parte do sistema de segurança da Central de Monitoramento Escolar. Além disso, pais de estudantes foram avisados de que os filhos não poderão mais entrar nas unidades com determinadas roupas.
O Manchete RJ apurou, e recebeu imagens, de que todas as catracas eletrônicas foram retiradas das escolas onde haviam sido instaladas no ano passado. Os equipamentos integravam o programa “Segurança nas Escolas”, que contemplava diversas medidas com uso de tecnologias avançadas para oferecer mais segurança aos alunos nas unidades escolares.

O motivo da retirada dos equipamentos, pouco mais de um ano após a instalação, causou estranheza. A equipe de reportagem apurou, com fontes ligadas à empresa Neweasy Tecnologia — responsável pelos equipamentos —, que os contratos chegaram a ser suspensos pela Prefeitura por um determinado período. Todavia, o serviço foi retomado com algumas reduções, entre elas a retirada das catracas.
Ainda conforme apuração do Manchete RJ, a empresa está sem receber há cerca de cinco meses. Mesmo diante desse cenário, o sistema de videomonitoramento, que também integra o programa de segurança, continua ativo, por ora.
Avisos nas escolas
Em meio ao cenário de crise, nossa equipe também recebeu imagens de avisos destinados a alunos e responsáveis, panfletados em frente a escolas. Neles, consta uma exigência para que os estudantes passem a utilizar determinadas roupas no espaço escolar a partir da última quinta-feira (25). O aviso também apresenta as vestimentas consideradas adequadas.
“Não será permitida a entrada no espaço escolar com: short, bermuda, roupas transparentes, blusas curtas, transparentes e de alças finas, vestidos curtos e de alças finas”, diz um trecho do comunicado.

A Prefeitura de Quissamã foi procurada pela equipe de reportagem para justificar as mudanças, incluindo a retirada das catracas e os avisos sobre as roupas consideradas adequadas para os estudantes. Até o momento, não houve retorno.