
Diante do grande volume de chuvas que já caiu sobre Petrópolis — e a “previsão de chuva forte” para as próximas 48 horas — o governador do Rio, Cláudio Castro, viajou para a cidade, em que chegou na noite desta sexta-feira (22). Instalado no quartel do Corpo de Bombeiros do município, ele anunciou ter pedido ajuda do Exército Brasileiro para recuperar a cidade dos estragos.
Em entrevista ao “Em pauta”, da Globonews, Cláudio Castro contou que foi procurado inicialmente, por telefone, pelo ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes. Em seguida, o governador ligou para o presidente Lula.
— Eu liguei para o presidente da República. Nesse primeiro momento, a ajuda que nós pedimos foi do Exército: o Exército já está, neste momento, reunido na reunião que está acontecendo neste momento na prefeitura, que eu estou me encaminhando para lá. Não tenho o que reclamar nesse momento de socorro, de salvamento — disse Cláudio Castro à Globonews.
Entre as atribuições que serão passadas ao Exército, segundo o governador, estão a de salvamento, para complementar o trabalho dos bombeiros, mas também numa “organização local”: seja nos lugares atingidos por alguma ocorrência, ou em seu entorno.
— Infelizmente tem muito turismo de tragédia, tem muita gente que não tem a qualificação e que quer, de boa vontade, ajudar e acaba atrapalhando. É muito importante quando o Exército entrar para poder ajudar nessa organização, para que, quem é técnico, possa fazer o salvamento necessário — completou o governador na entrevista.
Entre as ações do governo do Estado na cidade, foi anunciado o número de 80 máquinas disponibilizadas para remover encostas que caíram, por exemplo. Outra medida, segundo ele, é abastecer “pontos de ajuda” montados em escolas estaduais, fornecendo água, alimentação e colchonete para as pessoas que saíram de casa.
Castro comentou ainda que o Estado executou obras de contenção de encostas, após as tragédias de 2011 e de 2022, e que isso foi providencial para que “muito local em que choveu muito não passasse por tragédia”. Segundo ele, foi investido quase R$ 1 bilhão em obras em Petrópolis, e lembra que ainda tem intervenções para acontecer, em investimento de até R$ 300 milhões.
— É impossível você resolver o problema de Petrópolis, que terá que ser uma cidade resiliente, como Tóquio e outras cidades resilientes que se tem no mundo. É impossível remover 25, 30, 40 mil famílias que, com certeza, teria que ser em Petrópolis. Tem que fazer contenção de encostas — concluiu o governador.
*Com informações do EXTRA