O município de Campos recebe na próxima segunda-feira, 29, mais R$ 43, 8 milhões em royalties. O valor é 6,3% menor que o repasse do mês passado, de R$ 46, 8 milhões.
Veja outros municípios:
São João da Barra R$ 17, 1 milhões este mês – R$ 17,9 milhões no anterior (6% a menos)
Macaé R$ 71,9 milhões este mês R$ 76,2 milhões no anterior (5,6% a menor)
Quissamã R$ 12,3 milhões este mês R$ 13 milhões no anterior (-5 7%)
“Mesmo chegando por muito com atraso, o repasse dos royalties previsto para segunda-feira 29/04, vem dentro do prazo estabelecido por lei, para que a ANP efetue a distribuição. Os valores a menor que os recebidos no mês anterior, atribuídos em especial a produção que está relacionada ao mês de fevereiro que naturalmente tem dois dias a menos que janeiro, mesmo com um preço de referência oscilando entre os US$80 e US$ 90, onde janeiro começou com um preço mínimo de US$ 75. Valores ainda bem significativos e que vem reforçar o caixa dos municípios es estados produtores para ajudar os administradores em benefícios a população. Findando o primeiro quadrimestre de 2024, parece que o mercado internacional, traders e principalmente os países que compõem a OPEP+, chegaram a um patamar satisfatório de preço para a commodity que mesmo com aquecimento da tensão no Oriente Médio entre Israel, Palestina e recente entrada do Irã no contexto, aliado a Ucrânia e Rússia, vem se mantendo abaixo dos US$ 100. Acredito que permaneça assim, até que um possível agravamento por parte do Irâ com os EUA, possa acontecer. Os americanos seguem investindo e defendendo o estado de Israel e a Ucrânia com capital financeiro e bélico. O mercado de petróleo e gás segue aquecido como nunca. Em um momento onde o mundo respira transição energética, o Brasil como diz Jorge Bem “Abençoado por Deus e Bonito por Natureza”, tem uma matriz energética 88% limpa e crescente com o aumento das fontes solar e eólicas, além de frentes ainda inexploradas, significativas e necessárias no que tange a reservas de petróleo e principalmente o gás que vem se reafirmando como a melhor fonte energética para efetuar essa transição que apesar de extremamente necessária por questões climáticas, promete ser lenta e com certeza passa aqui por São João da Barra no Porto do Açu que vem sendo o portal da energia da região, do estado e um dos maiores do país. A maior preocupação que tenho, quanto aos royalties, para municípios e estados produtores continua sendo a antiga e exaustivamente comentada em inúmeros momentos, divisão dos royalties proposta pela Confederação Nacional dos Municípios que movimentará Brasília agora em maio com a XXV Marcha de Prefeitos. Precisamos de um bom Acordo ou a pauta seguirá a plenário e corremos o risco de ter um caos financeiro em toda região e principalmente o Estado que se encontra em situação pra lá de complexa. Contatos estão sendo feitos com diversas autoridades para alcançarmos uma solução menos traumática”, explica Wellington Abreu, especialista na área de petróleo.