
Cerca de 20 homens invadiram, depredaram e roubaram o centro de treinamento do Duque de Caxias Futebol Clube, em Xerém, na Baixada Fluminense, na tarde de terça-feira (15). Durante a ação, atletas foram agredidos e uma criança ficou ferida.
Segundo dirigentes do clube, o grupo entrou no local armado com paus, pedras e morteiros. Após acessarem o gramado, os invasores seguiram para o alojamento dos jogadores, onde causaram diversos danos.
Ainda de acordo com relatos, alguns atletas foram agredidos enquanto treinavam. Os jogadores estavam acompanhados de seus filhos pequenos, que também presenciaram a violência. Além das agressões, os criminosos roubaram celulares e dinheiro dos jogadores. Um dos dirigentes do clube, que presenciou a ação, confirmou os furtos.
Vídeos gravados no local mostram o momento da invasão ao Estádio Romário de Souza Faria, o Marrentão, com o grupo soltando rojões. Em uma das imagens, um atleta aparece recebendo pontos na cabeça após ser ferido. Uma criança, filha de um dos jogadores, também teria se machucado.
A suspeita é de que a invasão tenha sido uma retaliação à confusão ocorrida no sábado (12), quando jogadores do Duque de Caxias pularam o alambrado e foram em direção à torcida após o empate sem gols com a Cabofriense — resultado que decretou o rebaixamento do clube para a Série B1 do Campeonato Carioca.
Na ocasião, os atletas subiram na arquibancada do Marrentão para discutir com torcedores que protestavam contra o desempenho da equipe.
De acordo com a apuração do Globo Esporte o dirigente Jaime Camargo informou que, a atitude dos jogadores foi motivada por ameaças feitas por alguns torcedores às famílias dos atletas, incluindo esposas que estavam presentes no estádio.
Em nota, o clube disse que lamenta profundamente o ocorrido, quando torcedores ligados a uma torcida organizada invadiram de forma deliberada as dependências do clube, mais especificamente o vestiário, com o claro intuito de agredir e ameaçar atletas e membros da comissão técnica.
Ainda de acordo com o Duque de Caxias, as cenas presenciadas são absolutamente repudiáveis e não condizem com o ambiente de trabalho que deve prevalecer em uma instituição desportiva.
Por fim, o time destacou que está colaborando com as autoridades competentes e espera que as devidas providências sejam tomadas com a maior brevidade possível.
O caso foi registrado na 61ª DP (Xerém), e uma perícia está prevista para esta quinta-feira (17).
*Com informações do GE