
O advogado João Paulo Granja, responsável pela defesa de Gilberto Gomes, membro do PT em Campos acusado de injúria racial durante o desfile de 7 de setembro, falou ao Manchete RJ sobre a decisão judicial que concedeu liberdade ao cliente.
Segundo Granja, a interpretação inicial da autoridade policial não correspondeu ao entendimento do juiz da audiência de custódia.
“Entendo que a interpretação da delegada não foi a melhor, embora a respeite de fato em um ambiente democrático. Para isso, tivemos uma análise do juiz que fez a análise da prisão. E esse juiz da custódia entendeu que para ele sequer havia crime, que era um debate político, um pouco mais acalorado, talvez, mas, longe de ter um viés racista que quer se colocar”, afirmou Granja.
Ministério Público ainda não se manifestou
O advogado destacou que o Ministério Público não apresentou denúncia até o momento.

“Ainda não se posicionou, só disse que na visão dele a prisão não era necessária. Também não fixou fiança, porque só para entender a lógica das cautelares, ele vai desde monitoramento, fiança, entendeu-se apenas, que bastaria comparecer bimestralmente a juízo, justificando as atividades, e não mais ficar próximo da vítima.”
Medidas cautelares
João Paulo Granja explicou que o magistrado estabeleceu medidas consideradas “mínimas”.
“Foram as mais simples possíveis, comparecer em caráter bimestral e não ter contato com a vítima.”
Próximos passos
Sobre a continuidade do processo, a defesa afirma que ainda não há definição sobre eventual denúncia.
“Não sabemos se haverá denúncia, não sabemos qual vai ser a interpretação desses fatos do Ministério Público. Se vai entender que houve injúria racial ou se de fato houve só um debate mais acalorado porque por si só já se encerrou.”
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