
Vizinhos e familiares do adolescente de 16 anos apreendido pela morte dos pais adotivos, na noite de quinta-feira (23), disseram que os responsáveis pelo menino, identificados como Luiz Claudio Pinheiro e Mariana Valente, ambos de 58 anos, sempre foram extremamente amorosos.
“Os pais eram pessoas maravilhosas. Ele era um pouco agressivo, mas não imaginava que poderia fazer isso. Não sei nem o que dizer”, diz irmão de 19 anos, que foi adotado por outra família quando ainda era criança.
Segundo um vizinho da família, o rapaz faz uso de medicação. “Era bem agressivo, tomava medicamentos para agressividade. A mãe sempre nos disse que ele era oito, ou oitenta. Ou muito amorzinho, ou muito agressivo. Ele brincava com todo mundo, frequentava a minha casa porque era amigo do meu filho”, disse uma confeiteira de 30 anos.
Ainda de acordo com amigos, os pais colocaram o adolescente para fazer jiu-jítsu para tentar “canalizar a energia” do menino. No entanto, ele teria ficado ainda mais agressivo.
Segundo outro morador, o menino sempre ia à igreja com os pais e lá parecia ser uma pessoa tranquila. “Lógico que não temos a convivência direto com eles dentro de casa, mas na igreja era um garoto maravilhoso e não demonstrava agressividade. Via ele como um adolescente comum. Essa tragédia é inexplicável”.
O casal tinha apenas o adolescente como filho e foi morto a marteladas após uma discussão. De acordo com a polícia, foi o próprio adolescente que ligou para a PM e para os bombeiros.
Vizinhos contam que a mãe do adolescente era bem caseira e trabalhava como designer gráfico. “Ela sempre saia para passear com os cachorros e para a igreja. Uma pessoa amorosa, assim como o pai dele”, disse um vizinho.
Deu marteladas e saiu para lanchar
Segundo os agentes, no local o menor admitiu que matou os pais com golpes de martelo, saiu de casa para lanchar com um amigo e, quando voltou, e ateou fogo ao quarto em que os pais estavam no 2º andar da residência.
De acordo com relado do menor para a polícia, um dos motivos da briga é que os pais não queriam que o jovem faltasse à escola para poder descansar para uma aula de jiu-jítsu.
O menino vivia com a família desde 2014, quando foi adotado. Ele é o irmão mais novo de um casal que teve quatro filhos. Cada criança foi adotada por uma família diferente.
*Com informações do G1