
A delegada Carla Tavares, titular da 134ª Delegacia Policial, deu detalhes da operação “Alerta Máximo II”, que foi deflagrada na manhã desta quarta-feira, 24. Segundo Carla, os criminosos cobravam uma taxa em dinheiro de comerciantes e empresários da Baixada Campista em troca de uma suposta segurança. Caso esse valor não fosse pago, retaliações seriam feitas.
De acordo com a denúncia do GAECO/MPRJ, os criminosos exigiam, em média, R$ 500 mensais, valor que variava conforme o tamanho e o faturamento do comércio. Caso os empresários se recusassem a pagar, eram ameaçados com incêndios ou roubos em seus estabelecimentos. As extorsões eram reiteradas todo mês, com as ameaças sendo renovadas a cada visita ou ligação dos criminosos, mantendo as vítimas sob constante coação e sem possibilidade de se libertarem do domínio desses indivíduos.
A investigação também apurou que traficantes ligados à facção Terceiro Comando Puro, sob a liderança do denunciado Fernando Silva Balbinot, ameaçavam e exigiam valores de comerciantes em troca de “garantir segurança” patrimonial, na Baixada Campista, especialmente em Baixa Grande e no Farol de São Tomé. Eles atuavam de modo semelhante a uma milícia privada, mas profundamente ligada ao tráfico de drogas – a chamada narcomilícia.
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*Com informações do MPRJ