
Ao assumir interinamente o governo do estado, o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, mostrou seu estilo e exonerou o secretário estadual de Transportes, Washington Reis, em edição extra do Diário Oficial nesta quinta-feira.
Reis vinha fazendo sucessivos acenos ao principal nome da oposição, o prefeito Eduardo Paes, aliado do presidente Lula.
Os deputados mais leais a Bacellar, que aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, se revezavam ao microfone do plenário cobrando uma atitude mais firme do governador contra a “deslealdade” de Reis e de outros aliados.
Na última segunda-feira, a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), comandada por Bacellar, aprovou a convocação de Reis para prestar depoimento em comissões da Casa, sobre o aumento das passagens do Metrô no início do ano. A convocação, aprovada por 39 votos, foi questionada pelo irmão do agora ex-secretário, o deputado Rosenverg Reis (MDB), o que gerou um bate-boca entre ele e Bacellar.
No decreto que determina a exoneração de Reis, Castro também exonerou Kennedy de Assis Martins do cargo de Presidente do Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Rio de Janeiro (IPEM-RJ).
Inelegível
Reis atualmente é inelegível por causa de uma condenação por crime ambiental quando era prefeito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O Ministério Público Eleitoral afirma que um loteamento irregular foi construído na reserva biológica do Tinguá, graças à ação do político, que era prefeito.Parte dos terrenos foi comprada pelos irmãos do prefeito, o deputado federal Gutemberg Reis e o deputado estadual Rosenverg Reis.