
Familiares da gestante Letycia Peixoto, assassinada em 2023, foram até o Fórum Maria Tereza Gusmão, em Campos dos Goytacazes, na manhã desta quarta-feira (21), para protestar contra o adiamento do julgamento de três dos quatro réus envolvidos no crime. O júri popular ainda não tem uma nova data para acontecer, após um pedido de adiamento feito pela defesa de Gabriel Machado Leite, apontado como intermediário do crime.
Cíntia Peixoto Fonseca, mãe da vítima, reclamou do adiamento e afirmou que não vai parar até conseguir uma resposta da Justiça
É um sentimento de tristeza. A gente luta tanto por uma Justiça que, infelizmente, é lenta e injusta. O que eu quero é que a Justiça me dê uma resposta como mãe e avó. É lamentável a gente ter que lutar por isso, enquanto eles aproveitam tantos recursos e brechas para dificultar cada vez mais essa audiência. A sentença da minha filha e do meu neto já foi dada por eles: foi o sepultamento. Então, eu quero uma data e uma resposta definida. É um sentimento de tristeza e angústia, mas eu não vou desistir. Enquanto eu respirar aqui na Terra, eu vou buscar Justiça.”
Segundo informações apuradas pelo Manchete RJ, o advogado de Gabriel alegou que assumiu o processo recentemente, sendo no último dia 15 de maio, e não teve tempo hábil para preparação da defesa de seu cliente. Ele ainda alegou que já possui uma audiência anteriormente marcada para mesma data.
O pedido foi acatado pelo juiz Adones Henrique Silva Ambrosio Vieira, titular da 1ª Vara Criminal de Campos, que retirou o julgamento de pauta.
Seriam julgados nesta quarta-feira (21), Gabriel Machado Leite (intermediário), Fabiano Conceição da Silva, acusado de ser o executor do assassinato e Dayson dos Santos Nascimento, que teria sido o condutor da moto utilizada no crime. Todos estão presos.
Diogo Viola de Nadai, acusado de ser o mandante do crime, foi o único réu que apresentou recurso, e ainda não teve data do Tribunal de Júri marcada. Ou seja, até então, ele seria julgado separado dos outros réus.
Relembre o caso
Letycia Peixoto Fonseca, de 31 anos, grávida de oito meses, foi assassinada no dia 02 de março de 2023, com cinco tiros. O crime ocorreu enquanto ela estava dentro de um carro e conversava com sua mãe, na Rua Simeão Scheremeth, no bairro Parque Aurora.
A mulher chegou a ser socorrida pelo tio, que mora na mesma rua onde o crime aconteceu, mas morreu ao chegar no Hospital Ferreira Machado (HFM). Já o bebê chegou a nascer com vida, mas não resistiu e morreu no dia seguinte. A mãe de Letycia, também foi baleada na perna ao tentar reagir aos tiros.