
O Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) informou que identificou inconsistências graves nos relatórios do sistema de bilhetagem dos permissionários de vans de linhas longas do setor C. A análise apontou uma média de 40% de inconsistência, chegando a 90% em alguns casos. Como medida, o IMTT anunciou a retenção dos pagamentos até que os problemas sejam esclarecidos. Os permissionários, por sua vez, paralisaram parcialmente os serviços nesta segunda-feira (17).
Os relatórios em questão são realizados pela empresa Riocard, contratada pelos próprios permissionários. De acordo com o presidente do IMTT, Álvaro Oliveira, o pagamento do subsídio tarifário pela Prefeitura de Campos depende da apresentação de relatórios consistentes. “Identificando a inconsistência, pedimos uma revisão. Se o problema persistir, retemos o pagamento até que haja ampla defesa e prova contrária”, explicou Oliveira.
O último relatório foi repassado ao IMTT no dia 11 de março. Segundo Oliveira, os dados são analisados e, caso apresentem falhas, são devolvidos para revisão. “Houve muitas inconsistências tanto na primeira quinzena de fevereiro quanto na segunda. Repassamos à Riocard para nova análise e, na terça-feira, os relatórios chegaram revisados. Agora, seguimos o procedimento de pagamento”, afirmou.
A paralisação parcial das vans afetou diversas localidades de Campos nesta segunda-feira, incluindo Santo Eduardo, Santa Maria, Mutuca via Divisa, Morro do Coco, Vila Nova, Murundu, Palmares e Conselheiro Josino. O motivo alegado pelos permissionários do Setor C é o atraso no pagamento do subsídio tarifário por parte da prefeitura.
O responsável pelo Setor C, Jefferson Henrique, disse que os permissionários estão há quase dois meses sem o suporte financeiro necessário para manter a operação. Segundo ele, os custos diários de combustível e manutenção tornaram inviável a circulação normal da frota, levando à paralisação parcial para evitar maiores prejuízos à população.
A Prefeitura de Campos foi procurada pela reportagem do Manchete RJ e afirmou que não há atrasos nos pagamentos. O IMTT reforçou que os pagamentos só podem ser realizados mediante relatórios consistentes e que o documento da Riocard chegou ao instituto apenas no dia 11 de março, dando início ao processo de pagamento dentro do cronograma estabelecido.