
A Guarda Civil Municipal de Campos (GCM) está passando por um 2025 movimentado, pelo menos no que diz respeito a polêmicas. Em menos de três meses, já houve ataque com spray de pimenta por parte do comandante da Guarda, agente chamando a população de analfabeta e atacando jornalistas, além, é claro, das operações que vêm agitando o noticiário da cidade.
Em meio às cobranças da população, o prefeito Wladimir Garotinho mantém sua postura firme em defesa da Guarda. Recentemente, ele entrou em um embate com o deputado Filippe Poubel, um dos grandes críticos das operações da GCM no Estado do Rio. Em vídeo, Wladimir chegou a admitir que pode flexibilizar os horários das operações, uma das maiores reclamações de motoristas e motociclistas.
Operações polêmicas
As operações da GCM também vêm dando o que falar em Campos. A reportagem do Manchete RJ conversou com diversas pessoas, que preferiram não se identificar, para entender o motivo da insatisfação, e as respostas foram unânimes: o excesso de operações e os horários escolhidos. Uma manifestação está sendo preparada contra essas operações.
Uma pessoa argumentou que a cidade não oferece emprego e que muitos precisam trabalhar de forma autônoma em aplicativos, mas a grande quantidade de operações tem tirado o sustento de muita gente. Nas últimas semanas, têm viralizado vídeos mostrando reações desesperadas de pessoas que tiveram seus veículos apreendidos.

Spray de pimenta
O primeiro episódio polêmico envolvendo a GCM ocorreu logo na primeira semana do ano. O comandante da Guarda, Wellington Levino, disparou um “jato” de spray de pimenta em direção a um grupo de pessoas que dançava em um trio elétrico no Farol, fazendo com que alguns veranistas passassem mal. Uma sindicância chegou a ser aberta pela corregedoria para apurar a atuação dos agentes, mas até o momento não houve atualizações sobre o caso.

Ataques
Outro personagem envolvido em polêmicas é o agente que se identifica como “Robgol Machado”, conhecido por seus vídeos contra os praticantes dos “rolêzinhos” no município. Recentemente, ele fez duas declarações polêmicas contra a população e os jornalistas da cidade.
Sobre os campistas, afirmou que “40% da população é analfabeta”. Mais recentemente, atacou os jornalistas ao dizer que “70% dos jornais têm um burro e um cabrito”. Em ambos os casos, ele não se retratou.
Está acabando com a baderna?
O objetivo das operações, segundo o prefeito Wladimir Garotinho, é acabar com os “baderneiros”. No entanto, a realidade parece ser diferente. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram trabalhadores lamentando as apreensões, enquanto os “rolêzinhos” e os “graus” continuam acontecendo pelas ruas da cidade. Será mesmo que o objetivo está sendo alcançado?