
Um homem de 39 anos, casado, pai de duas filhas, sai da casa da filha mais velha, em Ururaí, para buscar a esposa no trabalho, no Centro de Campos, e não retorna. O dia 20 de junho vai ficar marcado para sempre na vida da família de Rodolfo Luiz Machado Mendonça, de 39 anos, que morreu após o carro que ele dirigia ter sido atingido na traseira por um Jeep Renegade, na localidade de Tapera, em Campos. A vítima ainda foi socorrida, mas acabou morrendo no dia seguinte, após sofrer várias paradas cardiorrespiratórias.
O Manchete RJ conversou com Maria Eduarda, filha de Rodolfo. Foi ela a primeira pessoa da família a chegar ao local do acidente, quando o pai ainda estava sendo socorrido. A jovem relatou que foi possível fotografar o velocímetro do Jeep, que estaria apontando uma velocidade de 230 KM. A velocidade média naquele trecho da BR-101 é de 60 KM por hora. Com o impacto, o Cobalt capotou, e foi parar numa propriedade à margem da rodovia.
Maria Eduarda contou que o pai, que era pintor industrial e trabalhava em plataforma de petróleo estava de folga e estava ajudando na mudança da filha, quando fez contato com a esposa, informando que ia buscá-la no restaurante onde ela trabalha, na rua Baronesa da Lagoa Dourada, no Centro de Campos. Como Rodolfo demorou a chegar e não atendia as ligações, a esposa ligou para a filha, pedindo para refazer o caminho que o pai faria, para ver se o carro havia dado defeito, ou se havia tido algum contratempo. “Eu peguei o carro e fui, por onde meu pai costumava ir, chegando lá naquele trecho eu vi os dois carros fora da pista, foi desesperador”, contou a jovem.
Ela afirma que o Cobalt dirigido pelo pai, foi atingido na traseira, não possibilitando nenhuma possibilidade da vítima se defender da colisão. Ela também conta que quando retornou do hospital, para onde o pai foi levado, o Jeep já havia sido retirado do local do acidente, porém, mais cedo, ela fez fotos dos dois veículos e na imagem do painel do Jeep, o velocímetro apontaria a velocidade de 230 Km.
A família também afirma que há testemunhas de que o condutor do Jeep estaria alcoolizado, e que desde cedo estaria num bar em Ururaí, na companhia do pai, que estava no banco do carona na hora do acidente. “Por isso que nós exigimos justiça. Não foi um acidente, foi um crime, porque um homem que estava bebendo desde cedo não poderia estar numa BR dirigindo”, diz Maria Eduarda.
O caso foi registrado na 134ª DP (Centro), que está investigando o caso, ouvindo testemunhas e coletando informações, enquanto aguarda a chegada dos laudos periciais.
O condutor do Jeep não teve o nome divulgado.
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