
A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG) identificou dois atiradores envolvidos na morte de uma família em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. O caso ocorreu em março deste ano e, na ocasião, Filipe Rodrigues, Rayssa dos Santos Ferreira e o filho deles, de apenas sete meses, foram assassinados dentro de um carro.
De acordo com as investigações, os dois suspeitos são traficantes oriundos da comunidade do Castro, na mesma região. Os agentes apuraram que um deles foi morto no mesmo mês do crime, com a suspeita de o assassinato ter sido cometido pelos próprios comparsas. O caso também é investigado pela especializada.
Em abril deste ano, um terceiro envolvido já havia sido preso pelos agentes da unidade. Além disso, também foi identificado que o líder do tráfico de drogas na localidade seria o mandante do crime. Ele e o outro autor identificado estão foragidos.
As investigações continuam para esclarecer todos os fatos e prender os dois envolvidos e foragidos. Qualquer denúncia pode ser feita diretamente na DHNSG ou por meio do Disque Denúncia. O anonimato é garantido.
Motivação
Segundo a investigação da DHNSGI, um “golpe” no tráfico de drogas do Morro do Castro, que fica na mesma região onde a família foi morta, motivou os assassinato de pai, mãe e filho. Filipe, de acordo com o inquérito, enganou os criminosos. Fingindo ser um policial militar, ele teria afirmado que poderia entregar um suposto informante, que estava causando prejuízos à quadrilha. Após uma negociação, ficou acordado que Filipe receberia R$ 50 mil para isso.
Mas, ainda de acordo com a apuração da Delegacia de Homicídios, os traficantes acabaram descobrindo que Filipe nunca tinha sido PM — na verdade ele trabalhava como gessista e motorista de aplicativo — e decidiram matá-lo. O mandante seria Lucas Lopes da Silva, o Naíba, apontado como chefe do tráfico no Morro do Castro. Ele está sendo procurado e já é considerado foragido.