
O tráfego de veículos com mais de quatro eixos em Campos volta a ser tema de discussão entre a Prefeitura e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ). Na segunda-feira (26), foi emitido um comunicado informando que, a partir do dia 2 de junho, carretas desse tipo não poderão circular dentro do perímetro urbano do município. A Prefeitura alega que as obras na RJ-238 (Estrada dos Ceramistas) não estão avançando e que o DER-RJ não está cumprindo os acordos firmados.
O DER-RJ, por sua vez, nega as afirmações e ressalta que está cumprindo todos os compromissos assumidos.
“O órgão esclarece que está cumprindo o compromisso assumido com a Prefeitura de Campos, realizando a manutenção rotineira das vias municipais utilizadas como rotas alternativas durante as obras executadas na rodovia estadual. Esses serviços incluem tapa-buracos, com o objetivo de manter as condições de trafegabilidade e segurança das vias.”
Uma das sugestões propostas pela Prefeitura foi a adoção do sistema “pare e siga” na Estrada dos Ceramistas. No entanto, o DER-RJ afirma que isso não é possível no momento.
“A abertura parcial da Estrada dos Ceramistas, com implantação de sistema de ‘pare e siga’, depende de programação prévia para garantir a segurança dos usuários. Parte da estrutura do novo pavimento encontra-se em processo de cura (secagem do material colocado), sendo obrigatório o prazo de 28 dias para liberação ao tráfego, a fim de não comprometer a durabilidade e a qualidade da obra em execução”, explicou o departamento.
Por fim, o DER informou que ainda não recebeu nenhum ofício da Prefeitura sobre o assunto, mas reforçou que está aberto ao diálogo.
“O DER informa que não recebeu nenhum ofício da Prefeitura de Campos dos Goytacazes, até o momento, sobre a restrição do tráfego nas vias municipais ou qualquer outro pedido de reavaliação do cronograma de obras. Reitera sua disposição para o diálogo, a fim de buscar soluções conjuntas e alternativas que minimizem os impactos à população e aos setores produtivos locais, sempre com responsabilidade técnica e respeito ao interesse público”, concluiu.