
Em vídeo divulgado na noite de terça-feira (30), o presidente do Asilo do Carmo, André Araújo, fez um forte desabafo sobre a situação que vem assombrando a instituição que cuida de 68 idosos em Campos sem fins lucrativos. Sem convênio com a Prefeitura, o funcionamento do asilo está sendo diretamente impactado, de acordo com André. Além das dificuldades de manter os vencimentos dos funcionários em dia, existe também uma escassez de comida.
“No início de janeiro, demos início às tratativas de um novo convênio em Campos. Mas devido ao impasse do orçamento da cidade, essa conversa não foi adiantada. Porém, essa demanda já foi vencida. Hoje o asilo não tem um convênio e esta situação nos preocupa. Estamos tendo dificuldades para honrar os vencimentos dos funcionários e para adquirir alimentos. Só temos carne até amanhã, por exemplo, e isso por causa de doações”, desabafou André.
Citada por André em seu pronunciamento, a Lei Orçamentária Anual de Campos foi aprovada no último dia 24. A Prefeitura terá um orçamento estimado de R$ 2,6 bilhões para gastar. O número foi apresentado pelo secretário municipal de Transparência e Controle, Rodrigo Resende.
A reportagem do Manchete RJ entrou em contato com a Prefeitura de Campos, que afirmou “os contratos estão sendo agilizados para que as entidades sejam convocadas ainda essa semana, quando então poderão assinar os mesmos”.
Pedido de doações
Enquanto o imbróglio com a Prefeitura de Campos não é resolvido, o Asilo do Carmo está recebendo doações para manter-se funcionando, como conta André Araújo.
“Quem puder nos ajudar com alimentos, fraldas geriátricas e materiais de limpeza, estaremos de portas abertas.”
A associação fica localizada na Avenida 24 de Outubro, 143, Turf Club, em Campos dos Goytacazes.
Estrutura defasada
Outro ponto que assola o Asilo do Carmo é a sua sede. Com uma estrutura deteriorada por infiltrações, rachaduras e uma infestação de cupins, que fragilizaram as vigas de madeira e passaram a ameaçar a construção, o Solar onde os idosos ficavam foi interditado pelo Iphan e pela Defesa Civil.
Eles foram transferidos para um prédio anexo, cujo uso teria caráter provisório, mas ainda hoje serve de moradia aos internos.
Confira o pronunciamento de André na íntegra