A Petrobras anunciou uma redução de cerca de 5% no preço da gasolina vendida às distribuidoras, o que representa uma queda média de R$ 0,14 por litro. A partir desta terça-feira (21), o combustível passa a ser comercializado pela companhia a R$ 2,71 o litro. É a segunda redução de preços em 2025 — a última havia sido registrada em junho, quando o corte foi de 5,6%.
Mas a dúvida que fica é: essa redução chega mesmo ao bolso do consumidor?
A resposta depende de um conjunto de fatores, entre eles:
• a cobrança de impostos estaduais, que varia em cada região;
• a mistura obrigatória de etanol anidro na gasolina;
• e a margem de lucro da distribuição e da revenda.
Em outras palavras, nem sempre a redução nas refinarias é repassada integralmente aos postos de combustíveis. Por isso, a orientação é que o consumidor acompanhe os preços e compare: vale registrar o valor atual e observar se há queda nos próximos dias.
Como é formado o preço final da gasolina
Atualmente, o preço médio da gasolina no Brasil é de R$ 6,22. Desse total:
• 32% (R$ 2,00) correspondem à parcela da Petrobras, responsável pela venda às distribuidoras;
• 23,6% (R$ 1,47) são impostos estaduais;
• 10,9% são impostos federais;
• 18,3% representam custos de distribuição e revenda — incluindo transporte, despesas operacionais e pessoal;
• e 15% (R$ 0,93) correspondem à mistura de etanol anidro.
Os valores variam conforme o estado. No Rio de Janeiro, por exemplo, o preço médio da gasolina é de R$ 6,07, e o imposto estadual está acima da média nacional, chegando a 24,2%.
Com a nova redução, a expectativa é de alívio pontual nas bombas, mas especialistas alertam que o impacto pode ser limitado e gradual, dependendo da política de preços adotada pelos postos e da tributação local.