
O presidente da Câmara Municipal, Marquinho Bacellar (União Brasil), marcou para a manhã de terça-feira (10) uma reunião com o Sindicato dos Profissionais Servidores Públicos Municipais de Campos dos Goytacazes (Siprosep) para discutir o PL 164/24, conhecido como o “pacote da maldade” do prefeito Wladimir Garotinho.
Nesta segunda-feira (9), servidores realizaram uma vigília em frente à Câmara para cobrar respostas do Poder Executivo e do Legislativo. Marquinho abriu a casa para os manifestantes, dialogou com eles e agendou o aguardado encontro.

Segundo Elaine Leão, presidente do Siprosep, documentos aos quais ela teve acesso comprovam que a PreviCampos está à beira da falência. Com isso, a folha salarial dos aposentados passaria para a Prefeitura, que, segundo Elaine, não tem condições de arcar com os custos. A mudança seria extremamente prejudicial para os aposentados.
Rombo na PreviCampos
Nos anos de 2015 e 2016, durante a gestão da então prefeita Rosinha Garotinho, “desapareceram” dos cofres da Previcampos mais de R$ 500 milhões de Reais. Em dezembro de 2015, o patrimônio da Previcampos era de R$ 1,305 bilhão. Em dezembro de 2016, final do governo Rosinha, o patrimônio caiu para R$ 804 milhões, isto é, menos R$ 501 milhões.
Esses R$ 804 milhões que ficaram, foram aplicados em investimentos de alto risco, como por exemplo, um ressorte em Trancoso, na Bahia, e um condomínio numa área de reserva ambiental em São Paulo foram investidos R$ 120 milhões. Investimentos esses que nunca saíram do papel.
Já a quantia de R$ 40 milhões foi colocada num hotel na Barra da Tijuca, de propriedade do empresário conhecido como “Rei Arthur”. O hotel fechou, após ter parte dos bens bloqueados pela Operação “Lava Jato”.
E não para por aí. Para uma rede atacadista de São Paulo, foram R$ 17 milhões de reais e o detalhe é que a Previcampos era a única investidora do fundo.
A Polícia Federal chegou a investigar o rombo e uma operação foi feita para recolher possíveis provas, sendo um dos mandados de busca e apreensão na casa da ex-prefeita Rosinha, na Lapa, em Campos, mas em junho de 2024, o TRF-2 anulou a decisão judicial que autorizou a busca e apreensão e determinou a destruição dos dados coletados nos computadores e celulares apreendidos.