
A polêmica sobre o gosto da água fornecida aos campistas ganhou mais um capítulo nesta quarta-feira (24). Segundo o biólogo Humberto Trindade, o sabor de terra se deve à presença de Geosmina no Rio Paraíba do Sul. A concessionária Águas do Paraíba informou a reportagem do Manchete RJ na terça (23) que a água está própria para uso.
Em conversa com Humberto Trindade, ele informou que a Geosmina não traz complicações para a saúde, porém, é um sinal de existe algo incomum acontecendo na água
“A substância está presente na água do rio em maior quantidade devido a alguns fatores, como época de estiagem, temperatura e luz ideal. Apesar disso, a Geosmina não traz problemas para a saúde, mas é necessário solucionar esse problema”, disse o biólogo Humberto Trindade

Geosmina é um composto orgânico produzido por microrganismos que podem estar presentes no solo, como bactérias e fungos, ou em ambientes aquáticos, as cianobactérias. No solo, é conhecida pelo cheiro de “terra molhada” após reação da chuva com o solo, isso nada mais é do que a ação de liberação da geosmina.
Pesquisadores do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e uma equipe do Laboratório de Ciências Ambientais, da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) realizam coletas nesta quarta-feira (24), no Rio Paraíba do Sul, para analisar a qualidade da água depois que diversos moradores do município de Campos dos Goytacazes reclamarem sobre o cheiro e o gosto da água que chega em suas residências. O prazo para que os resultados fiquem prontos é de dez dias.
Águas do Paraíba nega presença de Geosmina e garante água dentro dos padrões
“Águas do Paraíba informa que toda a água fornecida para a cidade está dentro dos padrões legais (Portaria nº 888 – Padrões de potabilidade de água). O Rio Paraíba do Sul está sendo monitorado diariamente e em nenhuma destas análises foram detectadas presenças de algas e toxinas fora dos padrões definidos nesta portaria, não confirmando a presença de Geosmina.
Historicamente, nesta época do ano, devido ao baixo índice de chuvas e às alterações bruscas na temperatura, pode ocorrer o aumento na presença de algas, como observado em anos anteriores.
Mesmo nessas situações passadas, nossas unidades de tratamento sempre estiveram preparadas para tratar a água nessas condições, fornecendo água dentro dos padrões de potabilidade.
A concessionária acrescenta que mantém intensificado o monitoramento do Rio Paraíba do Sul, de todo o processo de tratamento da água, e do Controle da Qualidade”.