
Funcionários da Petrobras iniciaram, na manhã desta quarta-feira (26), uma greve de advertência com duração de 24 horas. A ação tem como objetivo protestar contra as decisões da atual presidente da companhia, Magda Chambriard. No Norte Fluminense, as manifestações ocorrem em Macaé, nas praias Campista, Imbetiba e no chamado “Portão da Vergonha”.
Uma das reivindicação dos petroleiros é a não redução de 31% nos valores da remuneração variável, que é adicionada ao salário-base do funcionário e está diretamente relacionada ao desempenho anual da empresa e/ou do trabalhador.
A greve na Praia Campista durou duas horas. O movimento não se limitou aos trabalhadores em terra; também houve manifestações em bases marítimas, conforme as orientações do sindicato.
No Norte Fluminense, o diretor Sérgio Borges falou com a imprensa durante a manifestação. “O Brasil inteiro está parando contra a intransigência, exigindo que a presidenta da Petrobras, Magda Chambriard, venha negociar com a gente. Não vamos aceitar imposições, não vamos aceitar alterações no nosso regime de trabalho, nem qualquer perda de direitos sem negociação. Hoje é uma greve de advertência, mas as próximas podem ser muito mais duras”, afirmou Borges.
A reportagem do Manchete RJ entrou em contato com a Petrobras para obter um posicionamento oficial da empresa sobre o ocorrido e recebeu uma nota.
Confira na íntegra
A Petrobras registrou paralisações de empregados nesta quarta-feira (26/03) em unidades da companhia em decorrência de movimento grevista. Não há impacto na produção de petróleo e derivados da companhia.
A empresa respeita o direito de manifestação dos empregados. A Petrobras tem mantido diálogo aberto com as entidades sindicais sobre os ajustes ao modelo híbrido de trabalho, que aumentará de dois para três dias na semana o período de trabalho presencial. A partir de 7 de abril de 2025, todos os empregados devem cumprir três dias de trabalho presencial na semana. Além disso, a companhia apresentou proposta às entidades sindicais de acordo específico de trabalho para pactuar esse ajuste pelo período de dois anos.
Os ajustes mencionados visam atender os grandes desafios que a companhia tem pela frente, alinhados ao seu Plano Estratégico. É importante ressaltar que a Petrobras cumpre os acordos coletivos dos quais é parte e a legislação trabalhista brasileira.
A Petrobras esclarece, ainda, que já vem repondo seu efetivo de trabalhadores, tendo convocado mais de 1.900 novos empregados em 2024. A companhia também já anunciou publicamente que irá contratar 1.780 novos empregados ao longo de 2025, oriundos de concurso público de nível técnico.
Por fim, convém destacar que a Petrobras possui um programa de remuneração variável que contempla, entre outros itens, a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A Petrobras negociou com as entidades sindicais um acordo de PLR para o período 2024/2025, que será cumprido integralmente pela companhia.”