
Após um longo período de estiagem, a chuva chegou ao Norte Fluminense na última quinta-feira (10). Em Campos, o volume de água foi grande, mas mesmo assim, as lavouras, principalmente a de cana-de-açúcar , vem sofrendo os efeitos da falta de água. De acordo com o presidente da Associação Fluminense dos Plantadores de Cana (Asflucan), Tito Inojosa, o setor está prevendo grandes perdas para a safra 2025. Para ele, a chuva traz alguns benefícios, mas é preciso de algum tempo para avaliar o cenário.
“Com certeza a chuva melhora alguma coisa, mas nós precisamos de mais tempo para ver as socas, o que morreu, o que não morreu, as canas plantadas em março, o que morreu, o que ficou, e só depois vamos ver o tamanho do problema, que é grande, nós devemos ter uma quebra de safra de 30 a 40%”, lamenta Tito.
A seca prolongada afeta diretamente não apenas a produção de cana, mas também a economia regional, uma vez que o setor sucroalcooleiro é responsável por milhares de empregos e movimenta diversos outros segmentos, como transportes, comércio e serviços.
Além disso, produtores enfrentam custos extras na tentativa de minimizar as perdas, como irrigação emergencial e reposição de insumos. No entanto, muitas plantações não resistiram ao período seco, comprometendo o desenvolvimento das mudas e diminuindo significativamente o potencial produtivo das lavouras.